A Folha reuniu hoje cartuns dos feras que criam para seus jornais, e que resumem de algum modo 2012. Vejam aqui.
Experiências com Tecnologia no Santa Cruz
Registrar bons momentos permite que possamos comemorar sempre e também nos apropriarmos do que foi conquistado para subir a níveis ainda mais altos.
domingo, 23 de dezembro de 2012
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
lousas digitais - vamos pular esta etapa?
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Cine Santa Cruz
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
geração desconcentrada
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
sincronicidade
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
MOOC - já ouviu falar?
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
robótica - 4 frentes andando juntas.
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
transformando informação em conhecimento
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
o livro no centro de tudo, que sinalização interessante!
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
simples assim 2
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
Eles têm 6 anos e já fazem video-conferência. Puxa! E nós?
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
mamão com açucar
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
combinação poderosa de requisitos cognitivos
sexta-feira, 12 de outubro de 2012
responsabilidade, resiliência, resignação - a vida de um animador tecnológico
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Coordeno, desde 2006, o departamento de tecnologia aplicada a educação do Santa Cruz. Pergunto-me, constantemente, qual é nosso papel nesse desafio coletivo de educação formal num colégio particular paulistano, em pleno século XXI. Pergunta de difícil resposta, pois exige reflexão constante e respostas que vão sempre se transformando. Difícil por que transitamos numa zona de inovação permanente. Difícil por que o insumo mais importante é a transformação de cultura e a gestão das resiliências naturais à propria inovação. Vou responder isolando inicialmente o que não é preciso ( nem possível) se fazer. Não precisamos absorver como tarefa o desenvolvimento de toda a competência digital que o desenvolvimento e o uso intensivo das tecnologias de comunicação e informação produz. Não precisamos absorver toda esta carga dentro da escola. Talvez a tarefa fundamental seja observar os desequilíbrios, especialmente aqueles que produzam conflitos, conflitos funcionais ou cognitivos e atuar nestas lacunas. Vou citar 2 destes conflitos, urgentes e em quais nossa intervenção se faz necessária: a formação para a pesquisa – uma pesquisa que garanta uma atitude proativa e crítica diante da informação disponível e a cidadania digital – novamente uma atitude crítica e dinâmica diante da excessiva exposição a que estamos todos sujeitos nos meios digitais. Estes são pontos que os outros ambientes de formação formal ou espontânea não dão conta de preparar os sujeitos devidamente. Este deve ser nosso primeiro objetivo: manter uma supervisão e um periscópio aberto a realidade, que garanta que certas competências que vão sendo exigidas na formação dos meninos possam ser continuamente desenvolvidas pelo colégio. O segundo objetivo está na formação continuada dos agentes adultos, educadores, para um olhar ainda mais critico e permanente, um acompanhar desta evolução, que lhes permita coordenar e se movimentar dentro destes novos terrenos. Procuramos desenvolver este trabalho criando inúmeras situações formais e informais de troca, de discussão e debate e de experimentação. O 3º objetivo é procurar sistematicamente novas possibilidades de mediação com o conhecimento, que permitam aos agentes inovar nas estratégias com que todos se apropriam da informação necessária para seu desenvolvimento. Uma ação que procure concatenar, resignadamente, por vezes, as práticas instaladas, procurando espaço para a inovação Para tal, torna-se necessária a procura por instrumentos digitais que permitam essas novas mediações com o conhecimento, por parte de todos os agentes educacionais. Esses três objetivos, bem praticados e orquestrados, devem ser suficientes para se produzir uma cultura de tecnologia inteligente e flexível na comunidade escolar.
terça-feira, 9 de outubro de 2012
ancorando um assunto!
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
espaço de leitura e experimentação
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
harmonia
terça-feira, 2 de outubro de 2012
Pontes de Macarrão
Corpo humano em tabletes!
Numa 2a. etapa, o Miguel agora envolve os alunos numa pesquisa sobre desajustes no sistema digestório. Problemas como gastrite, desinteria, estomatite, entre outros, devem ser analisados pelo aluno, através da anatomia precisa do aplicativo e pesquisa sobre nutrição, alimentação, na web. Outras questões vão surgindo e o aluno vai compondo uma pesquisa ampla, apoiada no material gráfico e na internet. O aplicativo, aqui, é interessante,pois permite uma manipulação no sistema digestório ( retirar algum órgão para observar o que fica por detrás, ou girar para poder observar o orgão e sua posição dentro do sistema, ..) impossível de realizar-se de outro modo e que a partir de um bom roteiro, ganha sentido.
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
colocando-se do outro lado
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
Um bom uso do Prezi e outros recursos de publicação e comunicação que usamos na escola
cidadania e tecnologia funcionando bem
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Uma combinação perfeita
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
A Amazon tentando entrar no Brasil, ....Revolução
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
Agilizando avaliações no colégio
Leitura coletiva no Pré2 - a versatilidade do Ipad
Flipped Classroom - dá para pedir ao aluno que trabalhe num assunto antes de organizarmos tudo para ele....
Quando a tecnologia serve ao projeto pedagógico e... quando a produção do conhecimento de impõe ao consumo deste.
Uma das preocupações fundamentais na administração de tecnologia como recurso didático aqui no colégio é operá-la como um instrumento de eficácia pedagógica, eficácia colocada na forma de melhorar o acesso a informação, de permitir novas mediações com esta informação a ser transformada em conhecimento, eficácia que visa fazer com que mais alunos atinjam mais insights, que mais professores tenham estratégias mais variadas, que os professores possam acompanhar as transformações decorrentes dos avanços tecnológicos e tomar decisões coerentes as suas concepções mediadas por estes avanços,... é esta a eficácia que buscamos. O Santa Cruz tem uma característica interessante, que facilita a gestão da inovação, por ser uma escola que procura manter a autoridade sobre aquilo que produz e publica, que tem nas suas raízes uma condição particular produzida por um conjunto de excelentes profissionais que tem autonomia para forjar seu trabalho dentro de suas concepções. Então quando você observa o projeto de tecnologia, sobressai o projeto autoral, seja do aluno, seja do professor. Estamos, por exemplo, neste instante, avaliando a assinatura de uma ferramenta de apoio as aulas de geografia, com imagens manipuláveis em 3D, de ótima qualidade, mas como há sempre um viés daquele que concebeu e que normalmente é distinto do viés do professor, as dificuldades aparecem e por vezes inviabilizam a adoção. Nosso professor, em geral, prefere produzir seu próprio material. Acompanhando estas características e procurando compatibilizar tudo, a gestão de tecnologia educacional vai sempre atrás da ferramenta autoral , a ferramenta que permita ao aluno produzir, e mais atualmente, publicar e compartilhar o conteúdo produzido por ele mesmo. Edição de vídeo, blogs, ferramentas de animação, de publicação na internet, de edição de imagens, ocupam praticamente toda a produção com tecnologia. Já no início do fundamental, no 2º. Ano, há um projeto em que os alunos produzem um blog coletivo sobre uma pesquisa da Mata Atlântica. No 3º. ano experimentamos este ano a produção de nossas primeiras apostilas digitais para consumo nos tablets, mais aplicativos do que apostilas e os professores puderam conhecer as possibilidades de produção de um material mais interativo e áudio-visual do que a apostila impressa. No 5º. Ano o Jornal do Santa, em sua 8ª. edição, agora permite aos alunos a edição autônoma dos vídeos produzidos por eles mesmos. Assim eles são os redatores, apresentadores, editores e diretores de arte do projeto, algo que é sempre buscado aqui, que o aluno se aproprie completamente do processo, desde cedo. Na 8ª. série, outro exemplo, é a exposição chamada a Praça da Lingua, onde os alunos produzem uma mostra de poemas digitais inspirada na Praça da Língua do Museu da Língua Portuguesa. Esta coerência facilita o resultado do trabalho do colégio, pois legitima, apropria e permite, apesar de novas leituras a cada ano, que os projetos se mantenham, ano após ano avançando, e garante um planejamento de tecnologia de continuidade. Escolas que optam pela adoção de conteúdo pré-produzido, acabam caindo no efêmero, na ansiedade contínua por um novo consumo. Somos assim, por que no fundo buscamos as competências centrais, essenciais, na formação do nosso aluno. Apesar de uma revolução no acesso e na velocidade de produção do conhecimento , e das enormes questões que temos de enfrentar na busca de uma escola que responda as demandas contemporâneas, continuamos atrás de um aluno crítico, autônomo, senhor de seu próprio caminho cognitivo.
Na busca da inovação
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
tablets for all
A professora Katia, que dá aulas de física no ensino médio do EJA, desenvolveu uma atividade com os alunos do ensino médio utilizando 2 aplicativos no Ipad, o Solar Walk e o Google Earth. O objetivo com o primeiro era permitir que os alunos possam "manipular" o sistema solar e tirar novas conclusões sobre o sistema gravitacional que mantem tudo unido. Eles trabalharam com uma motivação incrível, cheios de exclamações pela riqueza de detalhes, pela beleza de imagens, pela possibilidade de compreender as orbitas, o sistema, tudo visto de perto com seus dedos controlando. Para quem não usa smartphone nem telas touch screen é realmente uma aventura controlar tudo a partir do vidro de um computador. Seguimos propiciando experiências múltiplas aos nossos alunos do EJA.
quinta-feira, 19 de julho de 2012
Aprendendo com Nelson Rodrigues
Leio Nelson Rodrigues em matéria da Veja sobre corintianos roxos no domingo, 08 de julho. Ele, quando em 1976, 40.000 paulistas invadiram o Maracanã e apequenaram a torcida fluminense, escreveu assim: " Não se improvisa uma vitória. Vocês entendem? Uma vitória tem de ser o lento trabalho das gerações. Até que, lá um dia, acontece a grande vitória." Ler isto me remete ao meu retorno ao trabalho no colégio, deliciosamente embalado por 15 dias na Califórnia, e motivado pela participação numa conferência que se eu não poderia chamar de original, foi um digno palco de encontro de milhares de professores procurando respostas aos desgastes da escola. E olho para dentro de mim, do local em que cuidadosamente, diariamente, deposito um pouco da minha energia, da minha paixão, das minhas descobertas onde cultivo amigos diletos e raros, e vejo que este trabalho não poderia ser diferente. Tem de ser diário, permanente, estável, penetrante, contínuo, sempre numa mesma direção até que se rompa a barragem e atravessemos, todos, para o início de mais um longo caminho, de transformação constante, condenados que estamos a mover-nos sem parar, para todo o sempre. Somos como o tubarão, que precisa nadar sem parar pois não tem bexigas natatórias ( aprendi isto produzindo um livro digital sobre peixes para alunos do 3o. ano), que o prmita flutuar sem nadar. Somos como um ciclista que precisa mover-se constantemente para manter o equilíbrio. Estou renovado, pronto, motivado para continuar produzindo conhecimento com estes meus maravilhosos parceiros. Bem-vindos ao 2o. semestre de 2012.
segunda-feira, 2 de julho de 2012
ISTE 2012 - uma escola
High Tech High School ( HTH) - único colégio que conseguimos até aqui visitar. Trata-se de uma charter school, escolas que têm autonomia dos curriculos estaduais mas são publicas tambem. Há 15 anos um milionário resolveu convidar educadores de San Diego a produzirem uma high school diferente, que tornasse os alunos mais conectados com o mundo do trabalho e que trabalhasse com projetos (PBL). Focados em artes, engenharia e tecnologia, 30% de seus professores vem do mercado corporativo. Estudos sociais e ingles são ministrados pelo mesmo professor, bem como matemática física e química. Todas as salas são ateliês, onde o professor trabalha. Os alunos é que circulam. Espaço físico original, com muito vidro, flexível, com muito recurso, e uma característica original, toda produçào dos alunos fica exposta, tornando o campus uma grande galeria. Conhecemos a metodologia, assistindo uma palestra dentro de um seminário que fomos convidados onde estavam professores de outros colégios que vinham conhecer a HTH. Não sabemos, nem conseguimos saber muito, sobre os resultados que eles obtem. Dizem que seus alubnos ganham motivação e sentido no trabalho escolar, mas são obrigados a submeter-se, como todos, ao SAT para garantir sua entrada nos colleges. São obrigados a submeter seus programas anualmente a secretaria estadual de ensino.
ISTE 2012 - dos EUA
Infra-estrutura invejável. Funcionalidade. Segurança - todos usufruem de seus direitos a toda hora em qualquer lugar sem ser incomodados ( quanto custa esta insegurança no Brasil?). Jovens muito bonitas, mulheres desgastadas. Nos rapazes e homens não prestamos muita atenção. Comida farta em calorias. Estradas perfeitas. Professores interessados em trabalhar colaborativamente, sérios e dedicados ao congresso. Terceira idade aqui trabalha. Em todo o evento, toda a recepção, administração das salas de palestras, atendimento,.. foi feito por senhores e senhoras de 60, 70 anos. Nos aviões da American Airlines 100% dos comissários tinha mais de 60 anos. No pedágios, nas entradas dos parques, nos guiches de informação, eles conseguem empregar e manter ativos cidadãos de maior idade. Negros em todas as posições, altivos, produtivos. Nacionalismo sempre presente ( bandeiras em todos os lugares, homenagens aos militares em eventos esportivos,...)
ISTE 2012 - mais constatações
Outros pontos que nos chamaram a atençao:
• Aplicativos para gestão de equipamentos móveis - vimos várias soluçoes e precisamos estudar, testar e adotar. É uma florescente indústria se estruturando para este cenário de alto impacto ( são 50 milhões de jovens estudantes, imaginemos 50 milhões de equipamentos a serem gerenciados....).
• Ambientes virtuais de aprendizagem - vimos ambientes novos, mais amigáveis e integrados a esta dinamica do aluno mais protagonista. Temos de estudar. Chamaram nossa atenção: Canvas e Edmodo ( que já utilizamos).
• Lousas digitais - embora todos os stands tivessem uma para suas apresentaçoes não vimos evolução maior desta tecnologia, que ainda permanece dominada pela Smart, com suas caras lousas fixas ( que nào nos interessam, pois acho que chegamos a uma boa solução com etsas pranchas móveis, por ora) e touch screen e pelas soluçoes de canetas digitais que podem até transformar projetores comuns em projetores interativos e dezenas de modelos de projetores interativos.. Não vimos muito conteúdo para o trabalho nas lousas digitais diretamente, nenhuma palestra especifica sobre esta temática e confesso nào ter mudado de opinião de que tal recurso só se fará necessário na medida em que hajam softwares cuja manipulaçao é muito mais efetiva se for feita no proprio quadro ( geogebra, …) ou quando optarmos por um modelo de download das aulas dadas, algo que tampouco vejo como desejável neste momento. Quando eu perguntava sobre
• BYOD - senti que as escolas começam a adotar, movidas pelo fato de que é impossivel gerenciar in-house centenas de computadores, mas que ainda é uma tema de fronteira. Ouvimos gente dizendo que na sua escola começaram com alunos de 5o e 6o anos enquanto os demais utilizam os notebooks do colegio. Outros aguardam definições do distrito ( nossas secretarias ou delegacias de ensino, que tem de tomar decisões por centenas de escolas). No colégio que visitamos os alunos com quem conversamos tem seus portáteis mais preferem deixá-los em casa, pois a escola fornece. Há problemas com o controle ( ou a falta de controle quando o equipamento é do aluno - senti uma preocupação forte nesta direção, embora paradoxalmente contra a vontade de dar protagonismo ao aluno). Tambem notamos a presença mesclada de netbooks, notebooks e tablets. quase tudo Apple, que domina este mercado. Isto significa que os administradores da tecnologia devem ser capazes de ajudar o professor a produzir desafios compatíveis para todos os devices. Eu comprei um MacAir de 11"e acho que todos deveriam ter esta experiencia. É prático, super-rápido e substitui um tablet com muitas vantagens… Talvez o futuro não seja só dos tablets.
• Google- é maciça a presenca da Google nas escolas americanas. Eu arriscaria dizer que 50% delas parecem já tem o Google for Education Agreement, trabalhando com os arquivos na nuvem, usando Google Docs ( agora chamado de Google Drive) para gerenciamento e comnpartilhamento de tudo o que é produzido por professores e alunos. Trata-se de uma discussao importante para trazermos para nossa comunidade pois impõe-se definitivamente outras formas de gerenciarmos nosso conteúdo pessoal e profissional. Não ouvi uma só palavra sobre monopólio ou risco a informação. Eles parecem super confiantes nas suas empresas e na ética e no futuro destas.
• Facebook - poucas temáticas ou palestras sobre o uso de redes no ensino, embora pareça que muitos professores utilizam-no como canal de comunicaçào com seus alunos.
• Flipped Clasroom - o tema mais insistente, em quase todos os fóruns, este conceito apareceu, induzindo os participantes a pensarem nisso como uma necessidade. Muita gente falando ainda da Khan Academy como modelo, esta tendencia deixa clara um pouco das ondas que parecem carregar a opinião pública educacional no país.. Muitos expositores trazendo soluçoes para os professores gravarem suas aulas com facilidade, cameras que acompanham o movimento do professor enquanto este atravessa a classe, softwares para edição do conteúdo junto com a gravação,… Achei a abordagem algo superficial, um jargão, uma moda, que carece de maior reflexão. Inverter a sala de aula é coisa possivel de fazer sem termos de jogar todo o trabalho teórico para fora. A riqueza desta discussão me parece ser fazer o professor estar mais disponível em classe, e que ganhos isto pode trazer.
• Personalized learning - não participei de nenhum debate sobre este tema, mas ele perpassa todas as discussões em que se apregoa uma sala de aula mais conectada, com mais protagonismo do aluno. Currículos completos disponíveis para alunos e professores, que permitem customização ( ver Ck12.org, por exemplo), investem nesta direção. Não aparece tambem a discussão sobre Home Schooling, tema que embora ingrato ao professor, deve ser objeto de reflexão dentro de um congresso com esta abrangência. Fica mais uma vez a impressao de que o temário é assim meio genérico, focado no professor médio, que busca referências genéricas….Eu realmente saio com a impressão de que nào temos muito a aprender no que tange a didática ou a tecnologia em si. O que se aprende aqui é a eficiência dos recursos, a presença de uma infra-estrutura maravilhosa, e a grandeza de capital humano que este país possue. Articulados de maneira correta, será sempre uma comunidade avançada.
• PBL - project based learning - acho que aqui neste ponto temos um assunto interessante para discutir. parece já um tema consolidado na discussão pedagógica deles, indicando novamente que eles vem buscando esta inovação pedagógica há algum tempo. Parece-me, entretanto, ainda mais uma tendencia do que algo efetivo. Seria preciso romper com os standards deles, que toda hora são citados. Os standards, contudo são estruturantes, definem habilidades e competências e não conteúdos e informação, o que dá mais flexibilidade. Mas senti que o tema é ainda emergente. Muitos expositores produzem conteúdo convencional ( liçoes prontas, atividades,…) e na hora de apresentá-lo dizem que tudo é compatível com o PBL. Me sinto mais a vontade com as propostas do pessoal da universidade de barcelona, que procuram definir uma alfabetização necessária para este século, sem julgar inadequadas as boas práticas expositivas. Ah. neste quesito de aulas expositivas, novamente para termos um sentido de como se apregoam mudanças, elas são chamadas por todos de direct learning, dando a entender que se buscam formas de indirect learning.
transformações - ISTE 2012 - por um contato mais profundo entre professor e aluno
STEM - vi e revi muitas publicações, propagandas de produtos, mobilização de professores para o tal STEM ( Science, Math, Tecnology and Engineering), empacotados assim tanto para que se estimule professores a trabalharem integrando estas áreas, como para mobilizar jovens para que se envolvam em carreiras ligadas a estas áreas. Interessante que no colégio que visitamos o professor de física tambem leciona matemática e quimica. Somente biologia parece um pouco mais dificil de ser integrada. Interessante para uma reflexão, não acham? A ideia nesta integração é possibilitar uma interdisciplinaridade bem como ampliar o tempo de permanencia de cada professor com seu grupo de alunos permitindo interaçoes mais ricas e efetivas. Igualmente na área das humanities, eles contratam professores de ingles, lingua materna, que tambem trabalhem a área de social studies, para garantir os mesmos objetivos. Estão amplamente empenhados em produzir os profissionais que parecem mais indicados para este futuro próximo. Se estão certos, o futuro dirá, mas que procuram uma visão comum para produzir mudança em larga escala, isto eles fazem.
por uma pedagogia contemporânea - ISTE 2012
Este país está plenamente consciente da necessidade premente de uma nova pedagogia para dar conta das transformaçoes em todos os campos. Parece evidente a todos os que conheci, que será preciso modificar radicalmente a maneira de se trabalhar com os jovens, e parece tambem claro que todos os esforços empenhados até aqui resultaram em avanços muito pequenos. Há uma esperança muito grande nas perspectivas abertas pelo uso de tecnologia no processo pedagógico e é isto que vieram buscar aqui professores, administradores, empresas e palestrantes. É óbvio que há todo um maquinário político e comercial no fundo do cenário armado aqui em San Diego. Dezenas de corporações investem pesado neste mercado bilionário e o processo eleitoral tambem se fez presente, mas percebi dezenas de apresentações buscando mais do que instrumentar o professor, mas conscientizá-lo da importancia de uma dinâmica de aula que protagonize o aluno, que mobilize seus interesses e suas emoções. Há muito conteúdo pronto desenvolvido para mídia digital, mas outro tanto de igual tamanho de ferramentas abertas, para criação e publicação. Entre os gurus desta feira, 2 proeminentes pensadores se destacam, inclusive estiveram presentes. Sir Ken Robinson, renomado pesquisador britânico no campo da criatividade e inovação e Michael Fullan, educador canadense da Universidade de Ontário que juntamente com um grupo de Harvard vem discutindo novas dinâmicas de sala de aula há pelo menos 10 anos.
compartilhando 2 - mais momentos na ISTE 2012
Hoje comprei aqui em Los Angeles a última edição do Scientific American, uma revista popular que procura tornar a atividade cientifica mais proxima da compreensão coletiva ( seria interessante termos uma publicação parecida no Brasil, onde temos SuperInteressante e Galileu como exemplos proximos, mas voltados a um publico juvenil). O artigo central fala que a colaboração é tão central para o desenvolvimento humano quanto a competição. Durante o evento, desde quando me inscrevi, notei o esforço coletivo em envolver os participantes em alguma rede de interesses. Recebi dezenas de emails oferecendo grupos de discussão nos temas para os quais me inscrevi, cada palestrante procurou me escrever para me preparar para o material que ele apresentaria. Na feira, conhecemos várias organizações que a partir de doações, promovem o compartilhamento de experiencias pedagógicas com tecnologia, como o ShareWithMe, por exemplo. Os professores são estimulados a publicarem seus planos de aula, suas estratégias ou suas ideias para seus pares em qualquer ponto puderem usufruir de suas descobertas. Esta atitude tão comum aqui nesta sociedade, é vital para o florescer de uma pedagogia contemporanea e ainda estranha na cultura brasileira. Nos eventos que participei, durante o congresso, senti uma enorme boa vontade dos professores em colaborar, conversar e assistir a tudo com um interesse e uma dedicação exemplar. Diferente dos congressos brasileiros onde normalmente fazemos uma leitura rápida do que será apresentado e deixamos as salas bem antes do término.
compartilhando 1 - momentos na ISTE 2012
Durante a viagem os dias são intensos. Embora longos, devido ao verão, tentamos aproveitar ao máximo todas as oportunidades que temos para conhecer esta região tão especial. Especial pela tolerância cultural, especial pela qualidade de vida, especial pela pluralidade racial. E enquanto mantenho meus sentidos agudamente abertos, não consigo registrar muito do que sinto. Absorvo, não mais do que isto. Aprendi muito. Aprendi a compartilhar o que escuto numa palestra twitando enquanto o palestrante discorre. E consegui fazer isto ouvindo diferentes sotaques de ingles. Logicamente deixei de compreender muita coisa, mais pela velocidade do que era falado do que pela função de transmitir via twitter. Aprendi que um palestrante normal apresenta um conceito fundamental e passa 30, 60 segundos explicando-o. Surge então a brecha para resumir o conceito enquanto se escuta a explicação. E funciona, pois é perfeitamente possível manter-se a compreensão enquanto se produz sínteses de 140 caracteres sobre cada conceito apresentado. As vezes sao precisos 2 ou 3 blocos de 140 caracteres para darmos conta de um conceito. Gostei muito de aprender isto, pois me senti útil, de algum modo. Recolho agora com calma os pedaços de minhas compreensões no twitter (@mzylb). Aprendi que trabalhar assim me motiva a buscar mais sentido em tudo o que escuto.
sexta-feira, 1 de junho de 2012
facebook neles!
Interessante discussão que participei ontem com coordenadores de tecnologia e especialistas sobre o Facebook. Na verdade iríamos discutir Redes Sociais, mas convenhamos, o Face ( vamos tratá-lo carinhosamente) hoje engole todas, fácil. Começamos ouvindo o depoimento da coordenadora do Band indicando que a partir dos grupos de trabalho que os alunos criavam, eles sentindo falta de um professor, convidavam-nos e assim, a cultura aproximou-se dos professores que gradualmente estão assumindo estes grupos e aproveitando-os para ampliar a produção coletiva em projetos e trabalhos. A gente fica pensando, poxa o Bandeirantes reúne muitos bons alunos, muitos nerds, muitos orientais ( puro senso comum, preconceituoso, talvez, mas quem não pensa assim). Será que é porque é uma galera mais comportada em geral e assim desinibe o professor? Em seguida surgem questionamentos: voces pensaram bem nos riscos? Assumirem uma plataforma que controla toda a informação? Por que entrar no canal que eles, alunos, usam para se divertir e incorporar mais isto na rotina da escola? Há inúmeras outras ferramentas para socializar, compartilhar, colaborar... Por que o Face? Poxa, nenhuma delas tem tanto apelo emocional, afetivo, como esta. Se voce começar a publicar lá dentro, teus alunos já estão lá, não será preciso investir numa cultura de wiki, de blog, de glog, ... que eles ainda não tem, não é? E se oficializarmos o Face será que ele vai perder a graça para os alunos? Por que norte-americanos não pensam nisto. Usam simplesmente, por que foi feita para usar, e usam de todas as formas, para fazer propaganda, para relacionar-se, para vender, para estudar, para trabalhar,.... Por que sempre olhamos pelo avesso? Ao inves de perguntarmos por que utilizar na escola, poderíamos perguntar, sugere o Andre, por que não a utilizamos? Eu adiciono mais pontos. Não temos no adulto docente a cultura do compartilhar. Em geral ele produz sozinho, tem dificuldade em dividir seu trabalho com seus próprios pares, quem dirá com seus alunos, recebe individualmente o trabalho do aluno e mantem-no fechado para sempre..... Qual o jeito de desenvolver esta cultura senão inseri-lo (este adulto docente) no Face? Torná-lo um usuário comum, mortal mesmo, destes que começa a publicar fotos do cachorro fazendo arte, da mesa do restaurante com os restos de um canibalismo entre amigos, faze-lo acostumar-se com esta evasão de privacidade que vivemos, criticá-la, encontrar o ponto de equilíbrio, compreender como funciona este fenomeno que reune 1/10 da humanidade? É obrigatório acreditarmos nisto, não acham? O face é um fato, e a superficialidade promíscua que emana dele parece definir o comportamento de uma geração ( ou mais). Precisamos operar neste terreno, nós educadores, conhecer bem o terreno para neutralizarmos seus efeitos negativos ( e aproveitarmos como gente seus benefícios, lógicamente). Mary Grace, educadora da tecnologia falou que passou de blogueira para faceira e twitteira por que a natureza do blog exige tempo e preparação, enquanto a lógica destas ferramentas é a do imediato - ouvi, vi, compartilhei! Outro tempo, outro ritmo, mas e aquele registro elaborado, trabalhado, pesquisado, onde ficou? Se nós adultos estamos aderindo a este movimento do rápido o que dirá os meninos novamente, já naturalmente imersos na velocidade. como criar contrapesos, que garantam um outro olhar. É mais ou menos como dar um bom curso de fotografia para estes meninos, que clicam sem parar, e treinar seu olhar,... eles mudam, passam a mastigar antes de engolir. talvez este seja o desafio, mas precisamos entrar no terreno para conhecer as armadilhas e desarmá-las, sem destruir o afeto, citado pela Cristiana, que lá no Bandeirantes procura pelo afeto, que bom....
domingo, 27 de maio de 2012
Barrichelo neles!
quinta-feira, 24 de maio de 2012
saídas para a educação pública...
Hoje visitei uma amiga que trabalha há muito com educação e tecnologias no Instituto Ayrton Senna. Confesso que sai algo deprimido pelo impacto e qualidade do trabalho que ela desenvolve. Escutei-a falando que moveu seus esforços do professor para o aluno, buscando seu protagonismo. Prepara gestores públicos para compreender que a questão do conteúdo há muito deixou de ser crítica na escola. Desenvolve com as prefeituras parceiras metodologias que, por exemplo, retiram de toda 6a feira ,as aulas curriculares do calendário, abrindo este tempo para projetos de trabalho propostos pelos alunos. Reensinando-os a serem curiosos e a questionarem, transforma estas boas perguntas em projetos e reordena o trabalho dos professores no subsídio a solução destes problemas. Retira gestores e professores a beira de crises (pela falta de chão que tais mudanças certamente provocam) com a constante lembrança do pacto estabelecido de buscar significado no trabalho pedagógico e vai produzindo uma mudança de cultura que sobrevive, pasmem, as mudanças de governo, pois v'ão sendo instaladas no fazer mais profundo destes agentes pedagógicos. Engraçado que pouco falamos de tecnologia. Ela entra naturalmente, quando se coloca o aluno na frente de um processo que lhe é familiar, pois ele sim está habituado a compartilhar, a trabalhar coletivamente, a se comunicar, a se publicar, ... Minha amiga está convicta de que é possível disseminar isto em maior escala e que estamos diante, no advento dos tablets como instrumento de trabalho de cada aluno brasileiro, da maior oportunidade de inovação e salto pedagógico que jamais tivemos na educação brasileira. Explico minha depressão: embora feliz por cada passo que obtenho trabalhando aqui no colégio, vejo quão pequeno é o impacto do meu trabalho, que exige vigilância constante para não perdermos as pequenas conquistas e como é possível plantar-se mais e melhor em terrenos muito mais áridos. Com uma equipe enxuta, muita precisáo no fazer e a cabeça no futuro, o IAS vai longe! Alento para a educação brasileira.