domingo, 23 de dezembro de 2012

momentos inesqueciveis em 2012

A Folha reuniu hoje cartuns dos feras que criam para seus jornais, e que resumem de algum modo 2012. Vejam aqui.

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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

lousas digitais - vamos pular esta etapa?

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Desde 2005 tenho lidado com as tais lousas digitais. Impressionantes possibilidades de criação, apresentação, visualização, efeitos especiais, convergência, puxa, tentaram encapsular tudo o que o professor faz numa lousa convencional. Há um grande compasso, cronometro,....., milhões de imagens prontas, .... Há uma grande indústria operando por detrás destes quadros mágicos, puxadas por uma decisão do governo da Inglaterra que colocou lousas digitais em todas as escolas públicas inglesas em 2006. Já experimentamos aqui no colégio todos os tipos. Das que são uma grande superfície sensível e uma caneta simples, as que funcionam como um tablet gigante, usando a tecnologia touch. Poucos adeptos consegui nestes anos. Os colegas me dizem que onde houve sucesso houve uma decisão de se abandonar de vez as lousas convencionais, de modo que o professor se via obrigado a virtualizar sua produção em sala. E me dizem que muitos dos professores que foram subjugados por esta tecnologia, hoje atuam de forma brilhante, trazem suas aulas prontas, feitas na tranquilidade de seus lares, dão show e compartilham suas aulas logo em seguida com seus alunos, bastando um clique ao final da aula.Semana passada recebi um fornecedor de lousas digitais, uma empresa brasileira, muito respeito pela nossa indústria que se esforça em chegar bem. Estamos negociando com dezenas de prefeituras, .... sabe qual o grande ganho delas: o tempo. Você pode economizar muito tempo ao trazer uma aula semi-pronta e buscar recursos rapidamente, com um clique do dedo e ainda pode deixar tudo ao alcance do aluno imediatamente. Parei para refletir, reflexão que está cada vez mais escassa no tecido escolar. Está errado. Estamos potencializando uma sala de aula centralizada, onde o show acontece lá na frente e me entrega tudo mastigadamente pronto, assisto e quando saio tenho tudo disponível para rever e divertir-me novamente. Não preciso fazer mais nada. Se queremos um trabalho mais descentralizado, uma mediação entre educador, educando, conhecimento, não estamos no rumo certo ao jogar mais luz e eficiencia no tablado. É tempo de buscarmos mais autonomia com nossos jovens, e para isto seria melhor desconstruirmos juntos mitos e conceitos, reorganizando-os, resignificando-os. O digital deve servir para distribuir e não para concentrar.

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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Cine Santa Cruz

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Hoje, percorrendo os corredores da 7a. e da 8a. série, as 12 turmas estavam assistindo filmes ao mesmo tempo. Na 7a., um documentário sobre o uso da água, mais especificamente, sobre a privatização e mercantilização da água no planeta, preparando ( e instigando) os meninos para um debate com o jurista Dalmo Dallari, que veio hoje conversar com eles fechando o Projeto Terra, um projeto cujo objetivo é conscientizar os meninos sobre a questão agrária no Brasil. Na 8a., um filme que explora contatos com seres extra-terrestres numa reflexão "metafísica" com os professores de Ensino Religioso. Fico duplamente satisfeito com a disponibilidade imediata e de qualidade da linguagem do vídeo para o trabalho em sala. Antes haviamos sempre de ter salas para projeção. Hoje o professor lança mão do vídeo de modo autonomo e executa sem problemas, com aúdio e vídeo de alta qualidade. Fico satisfeito tambem por que vemos a linguagem vídeo integrada no planejamento dos professores, seja como entrada de informação, seja como saída para a criação do aluno. E sempre há de se comemorar o bom cinema.

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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

geração desconcentrada

Li 2 matérias hoje sobre comportamento derivado do uso intensivo ( fiquei com uma vontade de escrever abuso mas me controlei, deixe cada um julgar...) das tecnologias de comunicação e informação. Nesta que linko aqui um pesquisador renomado e crível reporta o obvio - cada vez somos instados a nos desconcentrar - para responder aos apelos do que nos chama a atenção e nos deixa ansiosos por saber o que talve nao precisaríamos saber tão rapidamente. O interessante da Pesquisa é o antídoto proposto pelos professores - um ciber break para baixar a ansiedade. Será que isto funciona?

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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

sincronicidade

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Atividade interessante que ocorreu nesta 2a. feira na 7a. feira. Conduzida pelo professor de história, que discute a formação política dos estados contemporâneos, Francisco aproveita com eficácia da tecnologia, ao conectar seus alunos com a apuração da eleição americana em tempo real. Ele jogou para os meninos o desafio de tentar explicar o complexo sistema eleitoral americano. Eles trouxeram de volta muitas novidades, como por exemplo uma enquete da Veja que permite a qualquer um, ao respondê-la, observar se suas decisões o classificariam como um real democrata, um republicano ou alguem no intervalo entre estas duas concepções de estado e política pública. Os meninos mergulharam no evento, discutiram a beça e o assunto reverberou a semana toda, inclusive em casa. Aproveitar a sincronicidade é um dos melhores usos que se pode fazer da tecnologia.

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sexta-feira, 2 de novembro de 2012

MOOC - já ouviu falar?

Na quarta feira participei de um reunião da Praxis, que é um grupo de trabalho que reúne especialistas em tecnologia educacional aqui de SP. Uma professora da Graded discutiu conosco, entre diversos assuntos, o fato deles estarem abolindo o moodle como ambiente de publicação do professor e adotando o Google sites ou Google apps pela flexibilidade e descentralização que ele permite. Rapidamente os professores constroem sites de seus programas e revelam scripts muito mais ricos e abertos do que aquelas listas de links que vemos normalmente nos cursos no moodle. Os alunos igualmente apropriam-se do construtor de sites e são instados pelos professores a publicarem seus trabalhos, projetos, idéias no seu próprio ambiente/site. Ela diz que isto provocou uma avalanche, até caótica por ora, de publicação, o que por si só, indica alguma saída diferente para impactar o estudo, a aprendizagem, o trabalho de professores e alunos em busca de conhecimento efetivo. Estou estudando um movimento de educação superior chamado MOOC (massive open online courses), fenômeno que as universidades, especialmente as americanas estão provocando, ao disponibilizarem seus conteúdos para , sem requisitos, sem perspectivas de certificação,milhões poderem acessar. Se você ainda não viu nada parecido, acesse, por exemplo, www.coursera.org. Eu admiro o trabalho de pesquisa e produção de educação ativa do George Siemens, canadense da universidade de manitoba. Convido-os a assistir esta entrevista que ele da sobre os MOOCs e seu impacto na educação superior. Basta clicar em http://www.youtube.com/watch?v=VMfipxhT_Co&feature=youtube_gdata_player

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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

robótica - 4 frentes andando juntas.

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Estamos com 4 programas de robótica correndo simultâneos no colégio, indicando que vamos amadurecendo este trabalho como um programa de extensão curricular. Primeiro os alunos do 7o. ano, sob o comando do Zé Luis e do Rodrigo, buscando uma conexão entre resolução de problemas, automação, programação e curriculo de matemática e ciências. Em seguida, na 7a. série, sob o comando da Marcela, 3 grupos de alunos já estiveram por 2 meses trabalhando em parceria com o projeto de robótica educativa do Jaguaré, operando de igual para igual nas propostas desenhadas pelo Leonardo, professor de lá. Agora, conforme a foto mostra, temos um grupo de 8a. que vai representar o colégio pela 1a. vez na FLL, a liga "profissional" da Lego internacional, onde competem times de colégios e organizações de todo o país. E finalmente, temos uma parceria com o Maximiliano, colégio estadual aqui na Vila Madalena, onde o colégio transfere know-how para que os professores de lá operem autonomamente um programa de formação para as 7as. séries em robótica. Já estão trabalhando lá 15 alunos desde agosto. Tudo culmina na FLL, que acontece dias 02 e 03 de dezembro e no Encontro Bloco-a-Bloco, que se realizará no Santa, nos dias 24 e 25 de novembro, trazendo cerca de 30 organizações sociais que usam a robótica como instrumento de inclusão / emancipação social. Acho que estamos no caminho....

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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

transformando informação em conhecimento

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Ontem conversava com uma professora de química do ensino médio, sobre as oportunidades que se abrem quando se adota algo inspirado neste movmento de flipped classroom, que encanta oa norte-americanos. Inverter a sala de aula, ou seja, entregar para o trabalho do aluno em casa a contato com o conceito e a teoria, para produzir em sala aplicações, projetos, debates e práticas pode produzir muitas mudanças, mas não pode se implantado sem muita discussão. A autonomia do aluno é construída a partir da publicação, da explicitação dos planos de aula, roteiros de estudo que precisam ser muito bem feitos. E mesmo um bom roteiro, que desafia o aluno a procurar soluções originais e compartilhadas a questões interessantes, precisa de uma faísca, o ponto de insight, a ponte entre informação acumulada e conhecimento, algo que fique definitivamente ancorado sobre o já consolidado. Acompanhamos, nesta semana, os alunos do 5o. ano trabalhando em construções de polígonos, utilizando um aplicativo chamada Geoboard, para Ipads, em que pequenos elásticos e um tabuleiro cheio de "preguinhos" permitem inúmeras construções. Ficaria um devaneio sem fim, se não houvesse uma proposta encadeador,a que buscasse a generalização do que permite a um polígono ser chamada de regular ou convexo,.....Tecnologia, sem inteligência didática, não vale para nada.

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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

o livro no centro de tudo, que sinalização interessante!

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A nova sala de leitura, integrada as salas de aula do 1o. ano, entrou em funcionamento. Ainda experimental, faltando o tapete, almofadas, espaço ainda limitado para que os meninos de fato se espalhem, relaxem e mergulhem na atmosfera necessária para a contação de histórias e as discussões sobre as leituras. Mas ela ocupa espaço central no corredor e estimula os pequenos a frequentar-na o tempo tod. Virou espaço de lazer tambem. Mas o mais significativo sinal que etsamos dando a todos: o livro, é o centro do espaço educativo do colégio. Bingo!

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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

simples assim 2

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Assistir a este vídeo e talvez não seja preciso falar-se mais nada. Este professor resume com simplicidade a essência de sua profissão. Prêmio mais do que merecido. Poderíamos questionar que o trabalho com adultos no EJA favorece pois eles estão mais naturalmente mobilizados para a aprendizagem, que lhes é bastante cara. Mas, de fato, construir-se ou descontruir-se partindo do conhecimento do aluno, requer sensibilidade aguda, astúcia mesmo. Felipe Bandoni, professor nota 10. Aprendamos com ele.

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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Eles têm 6 anos e já fazem video-conferência. Puxa! E nós?

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Comunicação, produção coletiva, compartilhar conhecimento, competências que se evidenciam nesta era digital. engraçado como são competências que já faziam sentido desde tempos imemoriáveis e que parecem virar ultra-modernas nesta fase de nativos digitais, não acham? vou dar um exemplo de como hoje produzimos uma atividade que parece assim avançada mas é básica, convencional... Uma turma de pré2 hoje fez uma vídeo-conferência com um coleguinha que mudou-se para o Canadá no meio do ano. Ele estava tranquilo em casa, com sua mãe, sentado numa janela, mostrando inclusive o jardim de sua casa e as casas vizinhas e os meninos todos sentados no chão, próximos da camera, que a professora manipulava com autonomia para poder permitir-lhes falar com o colega. Tudo fluiu bem, eles (as crianças) nem se davam conta da inovação que isto representa na sala de aula. Vai lá que video-conferência já é recurso acessível a qualquer mortal interessado desde 2005, digamos, mas ainda não pertence a sala de aula convencional, custa acreditar o quanto simplifica a comunicação poder alcançar diretamente um colega, um professor, um evento, e trazê-lo ao vivo para o centro da discussão de uma turma. Quanto mais jovens, verdade seja dita, mais natural para eles o que a tecnologia proporciona. Sigamos experimentando, ampliando o repertório nosso, de adultos, para que nos movamos com mais naturalidade nestes ambientes. Velhas e úteis competências, novamente valorizadas.

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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

mamão com açucar

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A coordenadora de educação infantil me telefona para pedir que produzissemos um questionário para os pequenos do pré-2. sofisticado. um questionário para quem ainda constrói sua alfabetização, com 15 perguntas, ora em caixa alta ora em caixa baixa,... Descubro que faz parte do processo de leitura, eles vão ler, interpretar e responder um formulário no formato de um quiz. Tambem vai permitir que as professoras avaliem quizzes como estratégia para desafiá-los em outros assuntos. Olhamos para os nossos gerenciadores de questão convencionais (Moodle ou votadores instantaneos, ou TRS - sistema de controle dos micros no laboratório) e achamos tudo muito ártido para os pequenos. Optamos, como vem acontecendo a miúde, pelos tablets. O Nearpod é uam aplicação que permite propor questionários coletivos, em que o professor pode acompanhar as opções de cada um, publicar as respostas do grupo, discutir,... A unica limitação é que deveríamos esperar todos responder para avançar a próxima. limitação por um lado, a vantagem por outro por que mantinha todos discutindo a mesma questão ( sempre tem os paressadinhos que vão logo avançando e não fica fácil mantê-los na discussão dos demais). E assim presenciamos 15 crianças soletrando em voz alta as questões e alternativas e buscando saídas. "Mamão com açucar" foi o que eles acharam do teste.

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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

combinação poderosa de requisitos cognitivos

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Cerca de 4 meses após a viagem do estudo do meio realizar-se, surge um trabalho coletivo, que envolve todo o conselho de professores da 8a. e todos os alunos da série. A confecção de uma revista que organiza todo o material coletado e a pesquisa efetuada antes, durante e depois da viagem. Ciências, inglês, língua portuguêsa, matemática, história, todos tem seus vieses contemplados. A revista contem elementos de produção editorial, como índice, paginação, editorial, publicaidade ( ficcional e ponto alto da produção, na minha opinião). Ela deve tambem conter elementos de criação digital, como editoração, diagramação, uso do MS Publisher, edição de imagens, entre outros. Novamente uma combinação poderosa de requisitos conceituais, cognitivos e técnicos com um resultado surpreendente. O desafio agora é veicular estes produtos tão bem acabados. Impressos, eles possuem impacto restrito ( estão expostos na biblioteca, numa mostra temporária). Digitais, eles tem outro impacto, mas perdem a riqueza da revista impressa, formato para o qual forma concebidas. De todo modo, vale a pena conferir e repetir.

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sexta-feira, 12 de outubro de 2012

responsabilidade, resiliência, resignação - a vida de um animador tecnológico

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Coordeno, desde 2006, o departamento de tecnologia aplicada a educação do Santa Cruz. Pergunto-me, constantemente, qual é nosso papel nesse desafio coletivo de educação formal num colégio particular paulistano, em pleno século XXI. Pergunta de difícil resposta, pois exige reflexão constante e respostas que vão sempre se transformando. Difícil por que transitamos numa zona de inovação permanente. Difícil por que o insumo mais importante é a transformação de cultura e a gestão das resiliências naturais à propria inovação. Vou responder isolando inicialmente o que não é preciso ( nem possível) se fazer. Não precisamos absorver como tarefa o desenvolvimento de toda a competência digital que o desenvolvimento e o uso intensivo das tecnologias de comunicação e informação produz. Não precisamos absorver toda esta carga dentro da escola. Talvez a tarefa fundamental seja observar os desequilíbrios, especialmente aqueles que produzam conflitos, conflitos funcionais ou cognitivos e atuar nestas lacunas. Vou citar 2 destes conflitos, urgentes e em quais nossa intervenção se faz necessária: a formação para a pesquisa – uma pesquisa que garanta uma atitude proativa e crítica diante da informação disponível e a cidadania digital – novamente uma atitude crítica e dinâmica diante da excessiva exposição a que estamos todos sujeitos nos meios digitais. Estes são pontos que os outros ambientes de formação formal ou espontânea não dão conta de preparar os sujeitos devidamente. Este deve ser nosso primeiro objetivo: manter uma supervisão e um periscópio aberto a realidade, que garanta que certas competências que vão sendo exigidas na formação dos meninos possam ser continuamente desenvolvidas pelo colégio. O segundo objetivo está na formação continuada dos agentes adultos, educadores, para um olhar ainda mais critico e permanente, um acompanhar desta evolução, que lhes permita coordenar e se movimentar dentro destes novos terrenos. Procuramos desenvolver este trabalho criando inúmeras situações formais e informais de troca, de discussão e debate e de experimentação. O 3º  objetivo é procurar sistematicamente novas possibilidades de mediação com o conhecimento, que permitam aos agentes inovar nas estratégias com que todos se apropriam da informação necessária para seu desenvolvimento. Uma ação que procure concatenar, resignadamente, por vezes, as práticas instaladas, procurando espaço para a inovação   Para tal, torna-se necessária a procura por instrumentos digitais que permitam essas novas mediações com o conhecimento, por parte de todos os agentes educacionais. Esses três objetivos, bem praticados e orquestrados,  devem ser suficientes para se produzir uma cultura de tecnologia inteligente e flexível na comunidade escolar.

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terça-feira, 9 de outubro de 2012

ancorando um assunto!

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Estava indo visitar um colégio hoje, e parei para pensar em exemplos de uma boa prática pedagógica com tecnologia, algo que compusesse o projeto maior de uma escola, de deixar marcas efetivas no aluno. Afinal, talvez o que nos move a continuar separando os meninos da vida real, reunindo-os diariamente, será sempre a de dar significado a existência deles. A Mila, professora de geografia da 8a. série, trabalha a queda do muro de berlim de modo interessante. Poderíamos pedir-lhes que depois de ler e ouvir exposições sobre o tema (tema que para quem nasceu em 97, 98 ficou lá para trás), eles produzissem um trabalho. Não ela usou o Adeus Lenin, filme de 2002, como disparador e logo leva-os ao Photoshop para produzirem um cartaz que represente sua percepção do filme e do acontecimento. A leitura de imagens está na alça de interesse direto do jovem e mobiliza sua atenção. A criação de uma peça simbólica, ainda que traga resultados meio maniqueístas, os obriga a buscar mais significado. Pode até vir um trabalho mais convencional depois, numa avaliação ou um texto, mas o assunto está ancorado, definitivamente.

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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

espaço de leitura e experimentação

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Acabamos de montar uma instalação, no corredor do 1o. ano, que vai funcionar como espaço de leitura para os alunos. Gradualmente, as salas de leitura serão operadas integradas com as salas de aula, aproveitando-se das dimensões dos corredores do prédio A para funcionarem. No 1o. ano, cujo corredor é maior, a direção e os arquitetos planejaram um estrutura modular, de madeira, como vãos e espaços livres, cheios de expositores por dentro e por fora, que permitirão às professores de leitura reunirem seus alunos ali dentro e trabalharem. Tambem permitirão que os alunos acessem a literatura selecionada diariamente, o tempo todo, podendo retirar, ler, levar, trazer de modo autonomo. É a primeira experiencia que temos dando tal autonomia ao aluno. Vamos acompanhar e verificar a funcionalidade do espaço e o impacto na cultura de leitura dos nossos pequenos.

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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

harmonia

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Hoje continuamos a trabalhar com o professor de ciencias da 7a no projeto sistema digestório ( digestivo soa tão melhor para meus ouvidos), mas enfim, os alunos a partir dos distúrbios do sistema digestório a serem estudados, e já tendo manipulado o aplicativo ( Visible Body 3D), agora tinham de pesquisar na web informação sobre tais distúrbios, dietas, características dos tratamentos indicados,.... 35 adolescentes, 7 grupos, 35 carteiras, cadernos, estojos, livros didáticos, mochilas,... e 35 ipads. Como harmonizar isto. Por incrível que pareça, entrei num determinado momento da aula de uma das turmas e tudo parecia tão harmônico. Vejam na imagem: enquanto um lia com o Ipad vertical, outro o tinha deitado na mesa, outro com ele sob o caderno, debaixo da mesa,.... Impressionante como um tablet se encaixa neste ambiente de uma sala de aula convencional. Se fossem netbooks, na foto veríamos eles em primeiro plano, impondo sua arquitetura sobre os demais recursos.

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terça-feira, 2 de outubro de 2012

Pontes de Macarrão

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O transversal, o conhecimento atravessando os limites entre as disciplinas, sempre deve ser comemorado. Professores de matemática e de ciencias da 8a. Zé Luis e Rodrigo. Bolaram um projeto conjunto que introduz o conceito de vetores, uso de estruturas para controlar esforços e principalmente estratégias para resolução de problemas. Os alunos trabalham num software, que possui uma versão free, chamado Bridge Builder, muito interessante pois traz vários exemplo,s permite uma enorme variação de situações e finaliza colocando veículos trafegando sobre a ponte e mostrando como a estrutura resiste ( eles acabam descobrindo que estruturas triangulares são as ideais). Novamente uma combinação fortuita de proposta, recurso, liberdade curricular, tempo ( recurso vital na gestão da inovação).

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Corpo humano em tabletes!

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Bom, o Miguel, nosso professor de ciências da 7a., pesquisou e encontrou 2 aplicativos clássicos para estudo do corpo humano: The Human Body, da Dorling Kindersley e o Visible Body 3D. O primeiro permite conhecer ( e ver sobre todos os ângulos) o funcionamento de todos os sistemas a partir de perfeitas e bem construídas imagens enquanto o segundo permite animar o funcionamento dos diversos orgãos e sistemas. Ambos os aplicativos são pagos e muito bem feitos. Ok. Muito bonitos, mas será preciso aprendermos a tirar proveito deste gigantesco banco de dados ( por que não passa de um belo banco de dados - belo pelas imagens perfeitas). Primeiro usamos para consulta, o aluno pesquisa informação sobre os sistemas que estão discutindo. Em seguida caminhamos para uma produção autoral, os alunos, em grupos, se apropriam de imagens que julgam poder explicar bem o que pretendem expor aos colegas, separam o corpo em sistemas e produzem apresentações no Keynote sobre cada sistema. Estamos no meio do projeto e vamos atualizar este post enquanto avançamos

Numa 2a. etapa, o Miguel agora envolve os alunos numa pesquisa sobre desajustes no sistema digestório. Problemas como gastrite, desinteria, estomatite, entre outros, devem ser analisados pelo aluno, através da anatomia precisa do aplicativo e pesquisa sobre nutrição, alimentação, na web. Outras questões vão surgindo e o aluno vai compondo uma pesquisa ampla, apoiada no material gráfico e na internet. O aplicativo, aqui, é interessante,pois permite uma manipulação no sistema digestório ( retirar algum órgão para observar o que fica por detrás, ou girar para poder observar o orgão e sua posição dentro do sistema, ..) impossível de realizar-se de outro modo e que a partir de um bom roteiro, ganha sentido.

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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

colocando-se do outro lado

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2a. edição de um projeto de autoria do Alejandro, professor de LP do 3o. ano do médio. Baseado nos critérios de correção da Fuvest, onde se avalia abordagem, estrutura e expressão nas redações dos alunos, montamos no Moodle um ambiente de avaliação, onde o aluno lê 12 trabalhos, selecionados pela variedade apresentada na correção. Há trabalhos ruins, medianos, bons e excelentes. Os abaixo da crítica foram descartados. Digitalizamos todos os 12 textos, eliminamos a identificação de autor e os publicamos num questionário em que o aluno lê, toma a mesma decisão do corretor ( escolhendo de 1 a 5 para cada um dos 3 critérios de avaliação) e o sistema do Moodle compara suas escolhas para aquele texto com a decisão do corretor. Conforme a proximidade entre a escolha do aluno e a do corretor, feedbacks distintos indicam um boa ou má avaliação. O Alejandro então avalia a performance de cada um em relação aos 12 textos e cada 100% de acerto confere 0,2 na atividade. Funciona muito bem, pois há um tempo que regula a ação do aluno ( 5 minutos para cada redação avaliada), submete o aluno ao ponto de vista do corretor, permite-lhe comparar vários estilos, abordagens,   e compreender melhor o critério de análise. Alem disto, no final, o professor tem uma visão completa de cada um, da turma, da série. Integração, experimentação, inovação, reunidos e dando certo.

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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Um bom uso do Prezi e outros recursos de publicação e comunicação que usamos na escola

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O curso de Educação Infantil adotou o digital como meio de publicar seus informativos. Ao longo do ano eram produzidos pelo menos 2 informativos em papel, tipo tabloide, envolvendo secretaria, professores, pre-grafica,... No formato digital, passamos a poder publicar com maior frequencia e estabelcer uma comunicação mais proxima do ocorrido, e economizamos na quantidade de profissionais envolvidos na confecção do produto. E acho que estamos evoluindo bem. Na edição deste mês, a 5a. do ano, utilizamos o Prezi - uma inovadora ferramenta de apresentações on-line, uma concorrente do Power Point, que se caracteriza pelos zooms e movimentações dos objetos e que permite, na produção, uma visão completa de toda a publicação, facilitando o encadeamento de ideias e a preparação, mais livre, menos linear, fundamental na fase inicial da produção. Vejam o resultado aqui, utilizando-se de usuário informativopre e da senha informativo, necessárias para preservarmos as imagens de nossos alunos. Tambem passamos a utilizar uma ferramenta chamada Scoop.it para mantermos publicações coletivas de ideias e sugestões para o uso dos tablets como instrumento de produtividade e de trabalho didático nos diversos cursos do colégio. Como vários professores adquiriram seus proprios tablets neste ano, achamos importante gerarmos ideias para que todos aproveitem bem dos recursos ilimitados que estas maquininhas propiciam. Encontramos, no Scoop-it, uma variante de blog, uma ferramenta dinâmica e compartilhada para publicação. Vejam aqui o que já conseguimos publicar.

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cidadania e tecnologia funcionando bem

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O projeto Terra, desenvolvido pelo conselho da 7a. série, tem sido fundamental na transversalidade dos trabalhos nesta série tão crítica na formação de nossos alunos.  Eles são apresentados a temática da ocupação da terra de uma maneira plural, ouvindo, lendo e conversando com todos os atores, assentados, fazendeiros, administradores, especialistas nas questões de direitos humanos e passam um dia visitando e entrevistando assentados e administradores em 2 locais perto de Sumaré aqui no interior do estado. Áo sair a campo, eles devem ter uma hipótese em mente para ser testada numa longa série de entrevistas cuidadosamente preparadas. Na volta, eles produzem um relatório, em que as hipoteses são confirmadas ou refutadas e precisam então minimamente estabelecer uma metodologia para esta confirmação. Entramos, nós da tecnologia, apoiando-os na procura dos instrumentos de avaliação do material tabulado e na produção de apresentações compatíveis com o projeto. Da tabulação, discutimos com eles as maneiras mais eficientes de organizar dados estatísticos, em gráficos, utilizando-se do Excel. Apontamos as armadilhas de um gráfico bonito mas que tenta transmitir tanta informação que o ouvinte, leigo no assunto, demora muito a compreender, insistimos na comunicação eficiente que uma apresentação de gráficos deve ter, produzindo na plateia compreensão quase que imediata. Este projeto nos é muito útil para desenvolvermos nos alunos estas competências. Na hora de produzir a apresentação final, que será apresentada a todos os demais grupos da classse, novamente objetividade e concisão são postas em cheque. Grande combinação de objetivos e habilidades, atravessando o trabalho de todas as disciplinas.

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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Uma combinação perfeita

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Um professor tranquilo e disposto a correr algum risco na busca de uma nova abordagem. Uma ferramenta simples, interessante e bem ajustada. Uma combinação de recursos funcionando bem. Uma proposta de trabalho inteligente, mobilizadora. O resultado.... muito bom. Cadu, professor de matemática da 7a., utilizando o Sketch Up, ferramenta gratuita, da Google, que auxilia na construção de figuras em 3 dimensões. Projetando para seus alunos a partir do seu notebook ( um Mac Book Pro, que adaptado com um cabinho para mandar sinal ao projetor, resolve bem a parada e permite que tragamos de casa as aplicações já preparadas...) ele construia sólidos e disparava desafios de cálculo de volumes e áreas. Até aí parece convencional. A questão nova aqui é que o software permitia que ele retirasse, de cubos perfeitos, blocos distintos e cuja figura resultante exgigia esforços de visualização e síntese muito ricos aos alunos e que somente uma manipulaão que permitisse girar as figuas e mostrar perfeitamente o corte feito é que dá condições para o aluno resolver os desafios. Situação rara e perfeita de boa utilização dos recuros. Projeção, proposta pedagógica, computação, ferramenta ( software), apoio ( estava eu na sala ajudando no início das aulas),...

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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

A Amazon tentando entrar no Brasil, ....Revolução

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Ouçam primeiro esta reportagem com Sílvio Meira, professor e coordenador do Cesar e do Porto Digital, as maiores iniciativas de incubação e empreendedorismo em tecnologia no pais. Ele discorre de forma pungente sobre o adiamento do início das operações da Amazon no Brasil, inicialmente previsto para este mês e que foi mais uma vez adiado para meados de 2013. O adiamento não é o problema, mas suas razões são espetacularmente preocupantes. Em primeiro lugar fica claro que as questões que adiaram o início da operação não serão resolvidas facilmente, pois está em jogo toda a autonomia do mercado editorial. Interessante julgarmos a questão pelo ponto de vista do consumidor. A Amazon, que diz que vai se restringir a operações com livros e CDs, quer negociar pagamento de 50% do valor de capa do titulo com a liberdade de vendê-lo em sua operação virtual por qualquer preço, até R$ 0,99 se quiser, fazendo prejuízo para produzir comportamento, consumo indireto, impulso de compra, .... Seria muito legal se pudessemos comprar um lançamento por R$ 0,99, não acham? Milhares de pessoas ficariam tentadas a ler (sic! comprar) compulsivamente. Provavelmente, devida a sua lucratividade e capitalização no exterior, a Amazon poderia manter muitos lançamentos neste preço ( esta é justamente a estratégia nos EUA, onde ela já represernta 30% do mercado livreiro e mais de 50% dos titulos comercializados são digitais - ela produzi impulso de compra, o leitor acaba comprando muito mais do que compraria normalmente e uma cadeia de estímulo se forma), mas quando o consumidor estabiliza, acha que R$ 0,99 deveria ser o preço de qualquer livrop. Não consegue mais compreender por que pagar R$ 20,00 ou R$ 40,00 num título e daí toda a cadeia de direito autoral, produção, editoração, divulgação,.... tem que se encaixar nestes R$ 0,99. Crise! Agora analisemos outra das informações do Meira. A Amazon está trazendo uma de suas linhas, a Amazon Prime, em que você paga R$ 160,00 por ano e tem a possibilidade de empresar ilimitadamente, como numa biblioteca. E ainda ganha o Kindle ( o reader) gratuitamente. Fim das bibliotecas? Seria importante refletirmos sobre ganhos e perdas, como produtores e consumidores de cultura de qualidade. Será que teríamos uma enxurrada de charlatães e produtos de menor qualidade se impondo? Será que aumentaríamos a leitura de qualidade no país? Será que preservaríamos nossos bons editores, publicadores, críticos, autores,.....? Sinuca de bico, parece filme de ficção científica, uma mudança total de paradigma anunciada.....

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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Agilizando avaliações no colégio

Google
Há um movimento na direção da integração aos serviços da Google no colégio. Já utilizamos há tempos o Blogspot como hosting de blogs, o Gmail para projetos especiais e agora o Google Docs. A coordenação do EF2 vem experimentando o uso de formulários gerados pelo Docs ( que agora se chama Google Disco) para avaliações, auto-avaliações, enquetes, enfim, todas as pesquisas que são feitas com os alunos. A ferramenta de produção dos formulários, de facílima operação, permite que seja gerado um link automatico que pode ser publicado no portal ou enviado por email permitindo que o aluno acesse com facilidade. O resultado da aplicação do formulário produz instantaneamente uma planilha completa com todas as respostas. Se forem questões objetivas, podem ser tabuladas e levadas a um gráfico. Se são dissertativas, são blocadas e permitem rápida leitura das opiniões de cada aluno. Estas ferramentas, se somadas as de votação instantanea ( ovinhos e agora o Nearpod nos Ipads) trazem mais rapidez e a possibilidade de tudo ser executado na própria classe. 

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Leitura coletiva no Pré2 - a versatilidade do Ipad

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Usamos os Ipads de uma maneira original nesta semana. O pré 2 tem trazido os pequenos que apresentam maior dificuldade no processo de leitura para atividades diferentes pela manhã. Uma das barreiras para alguns é a fonte de imprensa. A Regina Clara e algumas professoras elegeram um obra de literatura adotada, o Anton, e a Vanessa da secretaria fotografou e reproduziu o livro, usando o Book Creator, uma ferramenta de autoria para produzirmos livros digitais no Ipad. Na reprodução, ela usou letras maiúsculas. O desafio ainda era produzir uma atividade de leitura coletiva em que todos pudessem manter-se na mesma página para que a professora pudesse dar-lhes tempo para formular hipóteses sobre o que estava escrito naquela página, por exemplo,... Usamos então o Nearpod, um aplicativo para tablets, que já utilizamos para aplicar avaliações do EF2, para que o tablet da professor "comandasse" todos os demais, que só tinham a página virada quando a professora virava a sua página. Desta forma ela dava o ritmo. Foi muito interessante ver como ela se adaptou e construiu de fato um momento diferente, de leitura compartilhada. Trabalho coletivo, de excelente resultado. Os ipads mostraram-se novamente convergentes e flexíveis. Estamos avançando bem.

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Flipped Classroom - dá para pedir ao aluno que trabalhe num assunto antes de organizarmos tudo para ele....

Rutherford
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Química - 1o. ano do médio. O Rodrigo tinha um desafio logístico, devido a um problema de horário, de dar uma aula simultanea para 2 turmas. Bolou uma aula digital, que saiu excelente. Vamos contar um pouco. Decidiu introduzir um novo tópico, a evolução do modelo atomico das teorias de Rutherford para as descobertas Bohr no início do século XX. Pesquisou objetos de aprendizagem digitais que permitissem ao aluno manipular os conceitos básicos da teoria na epoca e construiu um roteiro simples que permitiu-lhe introduzir o assunto diretamente para a operação do aluno criando o cenário ideal para agora, com eles já familiarizados ( ou incomodados) como  tema, possam trabalhar em classe. A aula seguinte que ele dará esta semana irá organizar estes conceitos intorduzidos assim de forma inicial pela atividade digital. Uma ficha muitissimo bem feita conduziu a exploração dos alunos pelos 5 simuladores e um vídeo selecionados pelo professor. A ficha culminava com uma questão-chave, pedindo a relação entre o espectro luminoso e a teoria de Bohr, exigindo dos meninos uma capacidade de síntese muito elevada. Muitos ficaram vagamente perto, mas usaram sua intuição e passaram uma hora compreendendo que cada gas produz chamas diferentes quando aquecidos e que esta coloração, quando vista sob difração, permitiu aos cientistas elaborar novas teses sobre o comportamento do eletron dentro do atomo, e exigiu da física da época, um avanço em direção a física quântica. O que me interessa enquanto observador da tecnologia a serviço do ensino, é que possibilidades com esta, de antecipar conteúdo não dado em sala, de forma experimental e prática, viabiliza uma outra aula expositiva, que sucede a prática, que amplia e organiza, que encontra o aluno mobilizado, algo envolvido com o assunto. Parabens, Rodrigo. Mandou muito bem!

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Quando a tecnologia serve ao projeto pedagógico e... quando a produção do conhecimento de impõe ao consumo deste.

Congresso-de-tecnologia1
Uma das preocupações fundamentais na administração de tecnologia como recurso didático aqui no colégio é operá-la como um instrumento de eficácia pedagógica, eficácia colocada na forma de melhorar o acesso a informação, de permitir novas mediações com esta informação a ser transformada em conhecimento, eficácia que visa fazer com que mais alunos atinjam mais insights, que mais professores tenham estratégias mais variadas,  que os professores possam acompanhar as transformações decorrentes dos avanços tecnológicos e tomar decisões coerentes as suas concepções mediadas por estes avanços,...  é esta a eficácia que buscamos.  O Santa Cruz tem uma característica interessante, que facilita a gestão da inovação, por ser uma escola que procura manter a autoridade sobre aquilo que produz e publica, que tem nas suas raízes uma condição particular produzida por um conjunto de  excelentes profissionais que tem autonomia para forjar seu trabalho dentro de suas concepções. Então quando você observa o projeto de tecnologia, sobressai o projeto autoral,  seja do aluno, seja do professor. Estamos, por exemplo, neste instante, avaliando a assinatura de uma ferramenta de apoio as aulas de geografia, com imagens manipuláveis em 3D, de ótima qualidade, mas como há sempre um viés daquele que concebeu e que normalmente é distinto do viés do professor, as dificuldades aparecem e por vezes inviabilizam a adoção. Nosso professor, em geral, prefere produzir seu próprio material. Acompanhando estas características e procurando compatibilizar tudo, a gestão de tecnologia educacional vai sempre atrás da ferramenta autoral , a ferramenta que permita ao aluno produzir, e mais atualmente, publicar e compartilhar o conteúdo produzido por ele mesmo. Edição de vídeo, blogs, ferramentas de animação, de publicação na internet, de edição de imagens, ocupam praticamente toda a produção com tecnologia. Já no início do fundamental, no 2º. Ano, há um projeto em que os alunos produzem um blog coletivo sobre uma pesquisa da Mata Atlântica. No  3º. ano experimentamos este ano a produção de nossas primeiras apostilas digitais para consumo nos tablets, mais aplicativos do que apostilas e os professores puderam conhecer as possibilidades de produção de um material mais interativo e áudio-visual do que a apostila impressa. No 5º. Ano o Jornal do Santa, em sua 8ª. edição, agora permite aos alunos a edição autônoma dos vídeos produzidos por eles mesmos. Assim eles são os redatores, apresentadores, editores e diretores de arte do projeto, algo que é sempre buscado aqui, que o aluno se aproprie completamente do processo, desde cedo.  Na 8ª. série, outro exemplo, é a exposição chamada a Praça da Lingua, onde os alunos produzem uma mostra de poemas digitais inspirada na Praça da Língua do Museu da Língua Portuguesa. Esta coerência  facilita o resultado do trabalho do colégio, pois legitima, apropria  e permite, apesar de novas leituras a cada ano, que  os projetos se mantenham, ano após ano avançando, e garante um  planejamento de tecnologia de continuidade. Escolas que optam pela adoção de conteúdo pré-produzido, acabam caindo no efêmero, na ansiedade contínua por um novo consumo. Somos assim, por que no fundo buscamos as competências centrais, essenciais,  na formação do nosso aluno. Apesar de uma revolução no acesso e na velocidade de produção do conhecimento , e das enormes questões que temos de enfrentar na busca de uma escola que responda as demandas contemporâneas, continuamos atrás de um aluno crítico, autônomo, senhor de seu próprio caminho cognitivo. 

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Na busca da inovação

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Em 1983, após 3 anos dando aulas de física no Colégio Objetivo, certo de que aquela didática neurotizante de apostilar, encaixotar o conteúdo e descer em bloco para cima dos alunos não era a melhor maneira de educarmos nossos jovens, entrei no curso de pedagogia cheio de ilusões. Sentia que precisava produzir algo diferente, uma escola muito melhor. No primeiro ano de faculdade, tive a sorte de conheci Luadir Baruffi, um excêntrico professor, explorador das tecnologias aplicadas ao ensino, que formava, em seu laboratório na FEUSP, monitores de Logo, uma linguagem de programação para crianças desenvolvida no MIT pelo grande construtivista Seymour Papert. Percebi, em instantes, que havia naquela maneira de desequilibrar as certezas lógicas da criança, uma nova perspectiva didática, a possibilidade de ampliar a visão do aluno com relação às coisas que ele aprendia convencionalmente. Nunca busquei a revolução, uma mudança radical na forma de trabalhar educação. Sempre fui atrás de novas abordagens. Isto me mobilizou desde então e me trouxe até aqui. Tornei-me obsessivo na busca de tornar o bom ferramental tecnológico acessível a meus colegas educadores. Todo meu trabalho, nestes 30 anos, resume-se em asfaltar este caminho. Passo horas a garimpar ferramentas educacionais ou não (as que são feitas para outros fins normalmente permitem abordagens mais livres e criativas do que as desenvolvidas com finalidade puramente educativa). Empolgo-me a cada vez que descubro alguma ferramenta, comportamento ou instrumento que permita uma relação diferente com o conceito, a ideia, o exercício que vínhamos trabalhando com o aluno. Algo que permita uma manipulação do conhecimento de modo original, impossível de ser realizado em outro meio. O que me move é conseguir mostrar ao professor o potencial desta nova abordagem. Tento fazer isto sem que ele se dê conta do esforço que lhe custou apropriar-se desta tecnologia, num modo assim transparente, suave, focado na cognição do aluno, na relação com o conhecimento que este novo instrumento pode propiciar para ele a seus alunos. Só assim ele avança, e se encoraja a novos voos, inovando, de fato. 

 

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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

tablets for all

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A professora Katia, que dá aulas de física no ensino médio do EJA, desenvolveu uma atividade com os alunos do ensino médio utilizando 2 aplicativos no Ipad, o Solar Walk e o Google Earth. O objetivo com o primeiro era permitir que os alunos possam "manipular" o sistema solar e tirar novas conclusões sobre o sistema gravitacional que mantem tudo unido. Eles trabalharam com uma motivação incrível, cheios de exclamações pela riqueza de detalhes, pela beleza de imagens, pela possibilidade de compreender as orbitas, o sistema, tudo visto de perto com seus dedos controlando. Para quem não usa smartphone nem telas touch screen é realmente uma aventura controlar tudo a partir do vidro de um computador. Seguimos propiciando experiências múltiplas aos nossos alunos do EJA.

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quinta-feira, 19 de julho de 2012

Aprendendo com Nelson Rodrigues

Leio Nelson Rodrigues em matéria da Veja sobre corintianos roxos no domingo, 08 de julho. Ele, quando em 1976, 40.000 paulistas invadiram o Maracanã e apequenaram a torcida fluminense, escreveu assim: " Não se improvisa uma vitória. Vocês entendem? Uma vitória tem de ser o lento trabalho das gerações. Até que, lá um dia, acontece a grande vitória." Ler isto me remete ao meu retorno ao trabalho no colégio, deliciosamente embalado por 15 dias na Califórnia, e motivado pela participação numa conferência que se eu não poderia chamar de original, foi um digno palco de encontro de milhares de professores procurando respostas aos desgastes da escola. E olho para dentro de mim, do local em que cuidadosamente, diariamente, deposito um pouco da minha energia, da minha paixão, das minhas descobertas onde cultivo amigos diletos e raros, e vejo que este trabalho não poderia ser diferente. Tem de ser diário, permanente, estável, penetrante, contínuo, sempre numa mesma direção até que se rompa a barragem e atravessemos, todos, para o início de mais um longo caminho, de transformação constante, condenados que estamos a mover-nos sem parar, para todo o sempre. Somos como o tubarão, que precisa nadar sem parar pois não tem bexigas natatórias ( aprendi isto produzindo um livro digital sobre peixes para alunos do 3o. ano), que o prmita flutuar sem nadar. Somos como um ciclista que precisa mover-se constantemente para manter o equilíbrio. Estou renovado, pronto, motivado para continuar produzindo conhecimento com estes meus maravilhosos parceiros. Bem-vindos ao 2o. semestre de 2012.

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segunda-feira, 2 de julho de 2012

ISTE 2012 - uma escola

 

High Tech High School ( HTH) - único colégio que conseguimos até aqui visitar. Trata-se de uma charter school, escolas que têm autonomia dos curriculos estaduais mas são publicas tambem. Há 15 anos um milionário resolveu convidar educadores de San Diego a produzirem uma high school diferente, que tornasse os alunos mais conectados com o mundo do trabalho e que trabalhasse com projetos (PBL). Focados em artes, engenharia e tecnologia, 30% de seus professores vem do mercado corporativo. Estudos sociais e ingles são ministrados pelo mesmo professor, bem como matemática física e química. Todas as salas são ateliês, onde o professor trabalha. Os alunos é que circulam. Espaço físico original, com muito vidro, flexível, com muito recurso, e uma característica original, toda produçào dos alunos fica exposta, tornando o campus uma grande galeria. Conhecemos a metodologia, assistindo uma palestra dentro de um seminário que fomos convidados onde estavam professores de outros colégios que vinham conhecer a HTH. Não sabemos, nem conseguimos saber muito, sobre os resultados que eles obtem. Dizem que seus alubnos ganham motivação e sentido no trabalho escolar, mas são obrigados a submeter-se, como todos, ao SAT para garantir sua entrada nos colleges. São obrigados a submeter seus programas anualmente a secretaria estadual de ensino. 

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ISTE 2012 - dos EUA

 

Infra-estrutura invejável. Funcionalidade. Segurança - todos usufruem de seus direitos a toda hora em qualquer lugar sem ser incomodados ( quanto custa esta insegurança no Brasil?). Jovens muito bonitas, mulheres desgastadas. Nos rapazes e homens não prestamos muita atenção. Comida farta em calorias. Estradas perfeitas. Professores interessados em trabalhar colaborativamente, sérios e dedicados ao congresso. Terceira idade aqui trabalha. Em todo o evento, toda a recepção, administração das salas de palestras, atendimento,.. foi feito por senhores e senhoras de 60, 70 anos. Nos aviões da American Airlines 100% dos comissários tinha mais de 60 anos. No pedágios, nas entradas dos parques, nos guiches de informação, eles conseguem empregar e manter ativos cidadãos de maior idade. Negros em todas as posições, altivos, produtivos. Nacionalismo sempre presente ( bandeiras em todos os lugares, homenagens aos militares em eventos esportivos,...)

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ISTE 2012 - mais constatações

Outros pontos que nos chamaram a atençao: 

 

Aplicativos para gestão de equipamentos móveis - vimos várias soluçoes e precisamos estudar, testar e adotar. É uma florescente indústria se estruturando para este cenário de alto impacto ( são 50 milhões de jovens estudantes, imaginemos 50 milhões de equipamentos a serem gerenciados....).

Ambientes virtuais de aprendizagem - vimos ambientes novos, mais amigáveis e integrados a esta dinamica do aluno mais protagonista. Temos de estudar. Chamaram nossa atenção: Canvas e Edmodo ( que já utilizamos).

Lousas digitais - embora todos os stands tivessem uma para suas apresentaçoes não vimos evolução maior desta tecnologia, que ainda permanece dominada pela Smart, com suas caras lousas fixas ( que nào nos interessam, pois acho que chegamos a uma boa solução com etsas pranchas móveis, por ora) e touch screen e pelas soluçoes de canetas digitais que podem até transformar projetores comuns em projetores interativos e dezenas de modelos de projetores interativos.. Não vimos muito conteúdo para o trabalho nas lousas digitais diretamente, nenhuma palestra especifica sobre esta temática e confesso nào ter mudado de opinião de que tal recurso só se fará necessário na medida em que hajam softwares cuja manipulaçao é muito mais efetiva se for feita no proprio quadro ( geogebra, …) ou quando optarmos por um modelo de download das aulas dadas, algo que tampouco vejo como desejável neste momento. Quando eu perguntava sobre  

BYOD - senti que as escolas começam a adotar, movidas pelo fato de que é impossivel gerenciar in-house centenas de computadores, mas que ainda é uma tema de fronteira. Ouvimos gente dizendo que na sua escola começaram com alunos de 5o e 6o anos enquanto os demais utilizam os notebooks do colegio. Outros aguardam definições do distrito ( nossas secretarias ou delegacias de ensino, que tem de tomar decisões por centenas de escolas). No colégio que visitamos os alunos com quem conversamos tem seus portáteis mais preferem deixá-los em casa, pois a escola fornece. Há problemas com o controle ( ou a falta de controle quando o equipamento é do aluno - senti uma preocupação forte nesta direção, embora paradoxalmente contra a vontade de dar protagonismo ao aluno). Tambem notamos a presença mesclada de netbooks, notebooks e tablets. quase tudo Apple, que domina este mercado. Isto significa que os administradores da tecnologia devem ser capazes de ajudar o professor a produzir desafios compatíveis para todos os devices. Eu comprei um MacAir de 11"e acho que todos deveriam ter esta experiencia. É prático, super-rápido e substitui um tablet com muitas vantagens… Talvez o futuro não seja só dos tablets.

Google- é maciça a presenca da Google nas escolas americanas. Eu arriscaria dizer que 50% delas parecem já tem o Google for Education Agreement, trabalhando com os arquivos na nuvem, usando Google Docs ( agora chamado de Google Drive) para gerenciamento e comnpartilhamento de tudo o que é produzido por professores e alunos. Trata-se de uma discussao importante para trazermos para nossa comunidade pois impõe-se definitivamente outras formas de gerenciarmos nosso conteúdo pessoal e profissional. Não ouvi uma só palavra sobre monopólio ou risco a informação. Eles parecem super confiantes nas suas empresas e na ética e no futuro destas. 

Facebook - poucas temáticas ou palestras sobre o uso de redes no ensino, embora pareça que muitos professores utilizam-no como canal de comunicaçào com seus alunos. 

Flipped Clasroom - o tema mais insistente, em quase todos os fóruns, este conceito apareceu, induzindo os participantes a pensarem nisso como uma necessidade. Muita gente falando ainda da Khan Academy como modelo, esta tendencia deixa clara um pouco das ondas que parecem carregar a opinião pública educacional no país.. Muitos expositores trazendo soluçoes para os professores gravarem suas aulas com facilidade, cameras que acompanham o movimento do professor enquanto este atravessa a classe, softwares para edição do conteúdo junto com a gravação,… Achei a abordagem algo superficial, um jargão, uma moda, que carece de maior reflexão. Inverter a sala de aula é coisa possivel de fazer sem termos de jogar todo o trabalho teórico para fora. A riqueza desta discussão me parece ser fazer o professor estar mais disponível em classe, e que ganhos isto pode trazer.

Personalized learning - não participei de nenhum debate sobre este tema, mas ele perpassa todas as discussões em que se apregoa uma sala de aula mais conectada, com mais protagonismo do aluno. Currículos completos disponíveis para alunos e professores, que permitem customização ( ver Ck12.org, por exemplo), investem nesta direção. Não aparece tambem a discussão sobre Home Schooling, tema que embora ingrato ao professor, deve ser objeto de reflexão dentro de um congresso com esta abrangência. Fica mais uma vez a impressao de que o temário é assim meio genérico, focado no professor médio, que busca referências genéricas….Eu realmente saio com a impressão de que nào temos muito a aprender no que tange a didática ou a tecnologia em si. O que se aprende aqui é a eficiência dos recursos, a presença de uma infra-estrutura maravilhosa, e a grandeza de capital humano que este país possue. Articulados de maneira correta, será sempre uma comunidade avançada. 

PBL - project based learning - acho que aqui neste ponto temos um assunto interessante para discutir. parece já um tema consolidado na discussão pedagógica deles, indicando novamente que eles vem buscando esta inovação pedagógica há algum tempo. Parece-me, entretanto, ainda mais uma tendencia do que algo efetivo. Seria preciso romper com os standards deles, que toda hora são citados. Os standards, contudo são estruturantes, definem habilidades e competências e não conteúdos e informação, o que dá mais flexibilidade. Mas senti que o tema é ainda emergente. Muitos expositores produzem conteúdo convencional ( liçoes prontas, atividades,…) e na hora de apresentá-lo dizem que tudo é compatível com o PBL. Me sinto mais a vontade com as propostas do pessoal da universidade de barcelona, que procuram definir uma alfabetização necessária para este século, sem julgar inadequadas as boas práticas expositivas. Ah. neste quesito de aulas expositivas, novamente para termos um sentido de como se apregoam mudanças, elas são chamadas por todos de direct  learning, dando a entender que se buscam formas de indirect learning.

 

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transformações - ISTE 2012 - por um contato mais profundo entre professor e aluno

STEM - vi e revi muitas publicações, propagandas de produtos, mobilização de professores para o tal STEM ( Science, Math, Tecnology and Engineering), empacotados assim tanto para que se estimule professores a trabalharem integrando estas áreas, como para mobilizar jovens para que se envolvam em carreiras ligadas a estas áreas. Interessante que no colégio que visitamos o professor de física tambem leciona matemática e quimica. Somente biologia parece um pouco mais dificil de ser integrada. Interessante para uma reflexão, não acham? A ideia nesta integração é possibilitar uma interdisciplinaridade bem como ampliar o tempo de permanencia de cada professor com seu grupo de alunos permitindo interaçoes mais ricas e efetivas. Igualmente na área das humanities, eles contratam professores de ingles, lingua materna, que tambem trabalhem a área de social studies, para garantir os mesmos objetivos. Estão amplamente empenhados em produzir os profissionais que parecem mais indicados para este futuro próximo. Se estão certos, o futuro dirá, mas que procuram uma visão comum para produzir mudança em larga escala, isto eles fazem.

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por uma pedagogia contemporânea - ISTE 2012

Este país está plenamente consciente da necessidade premente de uma nova pedagogia para dar conta das transformaçoes em todos os campos. Parece evidente a todos os que conheci, que será preciso modificar radicalmente a maneira de se trabalhar com os jovens, e parece tambem claro que todos os esforços empenhados até aqui resultaram em avanços muito pequenos. Há uma esperança muito grande nas perspectivas abertas pelo uso de tecnologia no processo pedagógico e é isto que vieram buscar aqui professores, administradores, empresas e palestrantes. É óbvio que há todo um maquinário político e comercial no fundo do cenário armado aqui em San Diego. Dezenas de corporações investem pesado neste mercado bilionário e o processo eleitoral tambem se fez presente, mas percebi dezenas de apresentações buscando mais do que instrumentar o professor, mas conscientizá-lo da importancia de uma dinâmica de aula que protagonize o aluno, que mobilize seus interesses e suas emoções. Há muito conteúdo pronto desenvolvido para mídia digital, mas outro tanto de igual tamanho de ferramentas abertas, para criação e publicação. Entre os gurus desta feira, 2 proeminentes pensadores se destacam, inclusive estiveram presentes. Sir Ken Robinson, renomado pesquisador britânico no campo da criatividade e inovação e Michael Fullan, educador canadense da Universidade de Ontário que juntamente com um grupo de Harvard vem discutindo novas dinâmicas de sala de aula há pelo menos 10 anos. 

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compartilhando 2 - mais momentos na ISTE 2012

Hoje comprei aqui em Los Angeles a última edição do Scientific American, uma revista popular que procura tornar a atividade cientifica mais proxima da compreensão coletiva ( seria interessante termos uma publicação parecida no Brasil, onde temos SuperInteressante e Galileu como exemplos proximos, mas voltados a um publico juvenil). O artigo central fala que a colaboração é tão central para o desenvolvimento humano quanto a competição. Durante o evento, desde quando me inscrevi, notei o esforço coletivo em envolver os participantes em alguma rede de interesses. Recebi dezenas de emails oferecendo grupos de discussão nos temas para os quais me inscrevi, cada palestrante procurou me escrever para me preparar para o material que ele apresentaria. Na feira, conhecemos várias organizações que a partir de doações, promovem o compartilhamento de experiencias pedagógicas com tecnologia, como o ShareWithMe, por exemplo. Os professores são estimulados a publicarem seus planos de aula, suas estratégias ou suas ideias para seus pares em qualquer ponto puderem usufruir de suas descobertas. Esta atitude tão comum aqui nesta sociedade, é vital para o florescer de uma pedagogia contemporanea e ainda estranha na cultura brasileira. Nos eventos que participei, durante o congresso, senti uma enorme boa vontade dos professores em colaborar, conversar e assistir a tudo com um interesse e uma dedicação exemplar. Diferente dos congressos brasileiros onde normalmente fazemos uma leitura rápida do que será apresentado e deixamos as salas bem antes do término.

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compartilhando 1 - momentos na ISTE 2012

Durante a viagem os dias são intensos. Embora longos, devido ao verão, tentamos aproveitar ao máximo todas as oportunidades que temos para conhecer esta região tão especial. Especial pela tolerância cultural, especial pela qualidade de vida, especial pela pluralidade racial. E enquanto mantenho meus sentidos agudamente abertos, não consigo registrar muito do que sinto. Absorvo, não mais do que isto. Aprendi muito. Aprendi a compartilhar o que escuto numa palestra twitando enquanto o palestrante discorre. E consegui fazer isto ouvindo diferentes sotaques de ingles. Logicamente deixei de compreender muita coisa, mais pela velocidade do que era falado do que pela função de transmitir via twitter. Aprendi que um palestrante normal apresenta um conceito fundamental e passa 30, 60 segundos explicando-o. Surge então a brecha para resumir o conceito enquanto se escuta a explicação. E funciona, pois é perfeitamente possível manter-se a compreensão enquanto se produz sínteses de 140 caracteres sobre cada conceito apresentado. As vezes sao precisos 2 ou 3 blocos de 140 caracteres para darmos conta de um conceito. Gostei muito de aprender isto, pois me senti útil, de algum modo. Recolho agora com calma os pedaços de minhas compreensões no twitter (@mzylb). Aprendi que trabalhar assim me motiva a buscar mais sentido em tudo o que escuto.

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sexta-feira, 1 de junho de 2012

facebook neles!

Interessante discussão que participei ontem com coordenadores de tecnologia e especialistas sobre o Facebook. Na verdade iríamos discutir Redes Sociais, mas convenhamos, o Face ( vamos tratá-lo carinhosamente) hoje engole todas, fácil. Começamos ouvindo o depoimento da coordenadora do Band indicando que a partir dos grupos de trabalho que os alunos criavam, eles sentindo falta de um professor, convidavam-nos e assim, a cultura aproximou-se dos professores que gradualmente estão assumindo estes grupos e aproveitando-os para ampliar a produção coletiva em projetos e trabalhos. A gente fica pensando, poxa o Bandeirantes reúne muitos bons alunos, muitos nerds, muitos orientais ( puro senso comum, preconceituoso, talvez, mas quem não pensa assim). Será que é porque é uma galera mais comportada em geral e assim desinibe o professor? Em seguida surgem questionamentos: voces pensaram bem nos riscos? Assumirem uma plataforma que controla toda a informação? Por que entrar no canal que eles, alunos, usam para se divertir e incorporar mais isto na rotina da escola? Há inúmeras outras ferramentas para socializar, compartilhar, colaborar... Por que o Face? Poxa, nenhuma delas tem tanto apelo emocional, afetivo, como esta. Se voce começar a publicar lá dentro, teus alunos já estão lá, não será preciso investir numa cultura de wiki, de blog, de glog, ... que eles ainda não tem, não é? E se oficializarmos o Face será que ele vai perder a graça para os alunos? Por que norte-americanos não pensam nisto. Usam simplesmente, por que foi feita para usar, e usam de todas as formas, para fazer propaganda, para relacionar-se, para vender, para estudar, para trabalhar,....  Por que sempre olhamos pelo avesso? Ao inves de perguntarmos por que utilizar na escola, poderíamos perguntar, sugere o Andre, por que não a utilizamos? Eu adiciono mais pontos. Não temos no adulto docente a cultura do compartilhar. Em geral ele produz sozinho, tem dificuldade em dividir seu trabalho com seus próprios pares, quem dirá com seus alunos, recebe individualmente o trabalho do aluno e mantem-no fechado para sempre..... Qual o jeito de desenvolver esta cultura senão inseri-lo (este adulto docente) no Face? Torná-lo um usuário comum, mortal mesmo, destes que começa a publicar fotos do cachorro fazendo arte, da mesa do restaurante com os restos de um canibalismo entre amigos, faze-lo acostumar-se com esta evasão de privacidade que vivemos, criticá-la, encontrar o ponto de equilíbrio, compreender como funciona este fenomeno que reune 1/10 da humanidade? É obrigatório acreditarmos nisto, não acham? O face é um fato, e a superficialidade promíscua que emana dele parece definir o comportamento de uma geração ( ou mais). Precisamos operar neste terreno, nós educadores, conhecer bem o terreno para neutralizarmos seus efeitos negativos ( e aproveitarmos como gente seus benefícios, lógicamente). Mary Grace, educadora da tecnologia falou que passou de blogueira para faceira e twitteira por que a natureza do blog exige tempo e preparação, enquanto a lógica destas ferramentas é a do imediato - ouvi, vi, compartilhei! Outro tempo, outro ritmo, mas e aquele registro elaborado, trabalhado, pesquisado, onde ficou? Se nós adultos estamos aderindo a este movimento do rápido o que dirá os meninos novamente, já naturalmente imersos na velocidade. como criar contrapesos, que garantam um outro olhar. É mais ou menos como dar um bom curso de fotografia para estes meninos, que clicam sem parar, e treinar seu olhar,... eles mudam, passam a mastigar antes de engolir. talvez este seja o desafio, mas precisamos entrar no terreno para conhecer as armadilhas e desarmá-las, sem destruir o afeto, citado pela Cristiana, que lá no Bandeirantes procura pelo afeto, que bom....

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domingo, 27 de maio de 2012

Barrichelo neles!

Estava conversando com meu filho (13 anos) sobre o que é ser bem sucedido. Ele pratica natação competitiva e sofre quando fica em 6o ou 7o lugar. Perguntei-lhe se ele achava o Rubens Barrichelo bem sucedido. Muitas vezes brincamos com o Rubinho, que hoje acho que chegou em decimo na indy. Se analisarmos sua carreira, talvez ele seja o mais bem sucedido piloto de todos os tempos. 20 anos no topo. Vitorias? Foram poucas, mas manter-se contratado neste circo de vaidades por todo este tempo, ser um dos 25 de milhares de aspirantes durante 20 anos. Mas valorizamos somente o primeiro lugar, onde só cabe um. Como ensinar o valor do esforço em si próprio e deixar a performance de lado é nosso papel na escola e na vida. Usufruir do prazer de pertencer a uma coletividade e lutar por ela, diluindo- se no coletivo é outro fundamento desta educação que nao caduca jamais, mesmo em tempos rápidos como estes. Neste espírito é que devemos aproveitar, com calma e equilíbrio as características dessa geração digital. Calma para desacelera-los, para que usufruam, saboreiem o que fazem, equilíbrio para que compreendam a riqueza da diversidade, fator fundamental para um mundo menos performatico.

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quinta-feira, 24 de maio de 2012

saídas para a educação pública...

Hoje visitei uma amiga que trabalha há muito com educação e tecnologias no Instituto Ayrton Senna. Confesso que sai algo deprimido pelo impacto e qualidade do trabalho que ela desenvolve. Escutei-a falando que moveu seus esforços do professor para o aluno, buscando seu protagonismo. Prepara gestores públicos para compreender que a questão do conteúdo há muito deixou de ser crítica na escola. Desenvolve com as prefeituras parceiras metodologias que, por exemplo, retiram de toda 6a feira ,as aulas curriculares do calendário, abrindo este tempo para projetos de trabalho propostos pelos alunos. Reensinando-os a serem curiosos e a questionarem, transforma estas boas perguntas em projetos e reordena o trabalho dos professores no subsídio a solução destes problemas. Retira gestores e professores a beira de crises (pela falta de chão que tais mudanças certamente provocam) com a constante lembrança do pacto estabelecido de buscar significado no trabalho pedagógico e vai produzindo uma mudança de cultura que sobrevive, pasmem, as mudanças de governo, pois v'ão sendo instaladas no fazer mais profundo destes agentes pedagógicos. Engraçado que pouco falamos de tecnologia. Ela entra naturalmente, quando se coloca o aluno na frente de um processo que lhe é familiar, pois ele sim está habituado a compartilhar, a trabalhar coletivamente, a se comunicar, a se publicar, ... Minha amiga está convicta de que é possível disseminar isto em maior escala e que estamos diante, no advento dos tablets como instrumento de trabalho de cada aluno brasileiro, da maior oportunidade de inovação e salto pedagógico que jamais tivemos na educação brasileira. Explico minha depressão: embora feliz por cada passo que obtenho trabalhando aqui no colégio, vejo quão pequeno é o impacto do meu trabalho, que exige vigilância constante para não perdermos as pequenas conquistas e como é possível plantar-se mais e melhor em terrenos muito mais áridos. Com uma equipe enxuta, muita precisáo no fazer e a cabeça no futuro, o IAS vai longe! Alento para a educação brasileira.

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