Leio Nelson Rodrigues em matéria da Veja sobre corintianos roxos no domingo, 08 de julho. Ele, quando em 1976, 40.000 paulistas invadiram o Maracanã e apequenaram a torcida fluminense, escreveu assim: " Não se improvisa uma vitória. Vocês entendem? Uma vitória tem de ser o lento trabalho das gerações. Até que, lá um dia, acontece a grande vitória." Ler isto me remete ao meu retorno ao trabalho no colégio, deliciosamente embalado por 15 dias na Califórnia, e motivado pela participação numa conferência que se eu não poderia chamar de original, foi um digno palco de encontro de milhares de professores procurando respostas aos desgastes da escola. E olho para dentro de mim, do local em que cuidadosamente, diariamente, deposito um pouco da minha energia, da minha paixão, das minhas descobertas onde cultivo amigos diletos e raros, e vejo que este trabalho não poderia ser diferente. Tem de ser diário, permanente, estável, penetrante, contínuo, sempre numa mesma direção até que se rompa a barragem e atravessemos, todos, para o início de mais um longo caminho, de transformação constante, condenados que estamos a mover-nos sem parar, para todo o sempre. Somos como o tubarão, que precisa nadar sem parar pois não tem bexigas natatórias ( aprendi isto produzindo um livro digital sobre peixes para alunos do 3o. ano), que o prmita flutuar sem nadar. Somos como um ciclista que precisa mover-se constantemente para manter o equilíbrio. Estou renovado, pronto, motivado para continuar produzindo conhecimento com estes meus maravilhosos parceiros. Bem-vindos ao 2o. semestre de 2012.
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