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Coordeno, desde 2006, o departamento de tecnologia aplicada a educação do Santa Cruz. Pergunto-me, constantemente, qual é nosso papel nesse desafio coletivo de educação formal num colégio particular paulistano, em pleno século XXI. Pergunta de difícil resposta, pois exige reflexão constante e respostas que vão sempre se transformando. Difícil por que transitamos numa zona de inovação permanente. Difícil por que o insumo mais importante é a transformação de cultura e a gestão das resiliências naturais à propria inovação. Vou responder isolando inicialmente o que não é preciso ( nem possível) se fazer. Não precisamos absorver como tarefa o desenvolvimento de toda a competência digital que o desenvolvimento e o uso intensivo das tecnologias de comunicação e informação produz. Não precisamos absorver toda esta carga dentro da escola. Talvez a tarefa fundamental seja observar os desequilíbrios, especialmente aqueles que produzam conflitos, conflitos funcionais ou cognitivos e atuar nestas lacunas. Vou citar 2 destes conflitos, urgentes e em quais nossa intervenção se faz necessária: a formação para a pesquisa – uma pesquisa que garanta uma atitude proativa e crítica diante da informação disponível e a cidadania digital – novamente uma atitude crítica e dinâmica diante da excessiva exposição a que estamos todos sujeitos nos meios digitais. Estes são pontos que os outros ambientes de formação formal ou espontânea não dão conta de preparar os sujeitos devidamente. Este deve ser nosso primeiro objetivo: manter uma supervisão e um periscópio aberto a realidade, que garanta que certas competências que vão sendo exigidas na formação dos meninos possam ser continuamente desenvolvidas pelo colégio. O segundo objetivo está na formação continuada dos agentes adultos, educadores, para um olhar ainda mais critico e permanente, um acompanhar desta evolução, que lhes permita coordenar e se movimentar dentro destes novos terrenos. Procuramos desenvolver este trabalho criando inúmeras situações formais e informais de troca, de discussão e debate e de experimentação. O 3º objetivo é procurar sistematicamente novas possibilidades de mediação com o conhecimento, que permitam aos agentes inovar nas estratégias com que todos se apropriam da informação necessária para seu desenvolvimento. Uma ação que procure concatenar, resignadamente, por vezes, as práticas instaladas, procurando espaço para a inovação Para tal, torna-se necessária a procura por instrumentos digitais que permitam essas novas mediações com o conhecimento, por parte de todos os agentes educacionais. Esses três objetivos, bem praticados e orquestrados, devem ser suficientes para se produzir uma cultura de tecnologia inteligente e flexível na comunidade escolar.
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