segunda-feira, 2 de julho de 2012

ISTE 2012 - mais constatações

Outros pontos que nos chamaram a atençao: 

 

Aplicativos para gestão de equipamentos móveis - vimos várias soluçoes e precisamos estudar, testar e adotar. É uma florescente indústria se estruturando para este cenário de alto impacto ( são 50 milhões de jovens estudantes, imaginemos 50 milhões de equipamentos a serem gerenciados....).

Ambientes virtuais de aprendizagem - vimos ambientes novos, mais amigáveis e integrados a esta dinamica do aluno mais protagonista. Temos de estudar. Chamaram nossa atenção: Canvas e Edmodo ( que já utilizamos).

Lousas digitais - embora todos os stands tivessem uma para suas apresentaçoes não vimos evolução maior desta tecnologia, que ainda permanece dominada pela Smart, com suas caras lousas fixas ( que nào nos interessam, pois acho que chegamos a uma boa solução com etsas pranchas móveis, por ora) e touch screen e pelas soluçoes de canetas digitais que podem até transformar projetores comuns em projetores interativos e dezenas de modelos de projetores interativos.. Não vimos muito conteúdo para o trabalho nas lousas digitais diretamente, nenhuma palestra especifica sobre esta temática e confesso nào ter mudado de opinião de que tal recurso só se fará necessário na medida em que hajam softwares cuja manipulaçao é muito mais efetiva se for feita no proprio quadro ( geogebra, …) ou quando optarmos por um modelo de download das aulas dadas, algo que tampouco vejo como desejável neste momento. Quando eu perguntava sobre  

BYOD - senti que as escolas começam a adotar, movidas pelo fato de que é impossivel gerenciar in-house centenas de computadores, mas que ainda é uma tema de fronteira. Ouvimos gente dizendo que na sua escola começaram com alunos de 5o e 6o anos enquanto os demais utilizam os notebooks do colegio. Outros aguardam definições do distrito ( nossas secretarias ou delegacias de ensino, que tem de tomar decisões por centenas de escolas). No colégio que visitamos os alunos com quem conversamos tem seus portáteis mais preferem deixá-los em casa, pois a escola fornece. Há problemas com o controle ( ou a falta de controle quando o equipamento é do aluno - senti uma preocupação forte nesta direção, embora paradoxalmente contra a vontade de dar protagonismo ao aluno). Tambem notamos a presença mesclada de netbooks, notebooks e tablets. quase tudo Apple, que domina este mercado. Isto significa que os administradores da tecnologia devem ser capazes de ajudar o professor a produzir desafios compatíveis para todos os devices. Eu comprei um MacAir de 11"e acho que todos deveriam ter esta experiencia. É prático, super-rápido e substitui um tablet com muitas vantagens… Talvez o futuro não seja só dos tablets.

Google- é maciça a presenca da Google nas escolas americanas. Eu arriscaria dizer que 50% delas parecem já tem o Google for Education Agreement, trabalhando com os arquivos na nuvem, usando Google Docs ( agora chamado de Google Drive) para gerenciamento e comnpartilhamento de tudo o que é produzido por professores e alunos. Trata-se de uma discussao importante para trazermos para nossa comunidade pois impõe-se definitivamente outras formas de gerenciarmos nosso conteúdo pessoal e profissional. Não ouvi uma só palavra sobre monopólio ou risco a informação. Eles parecem super confiantes nas suas empresas e na ética e no futuro destas. 

Facebook - poucas temáticas ou palestras sobre o uso de redes no ensino, embora pareça que muitos professores utilizam-no como canal de comunicaçào com seus alunos. 

Flipped Clasroom - o tema mais insistente, em quase todos os fóruns, este conceito apareceu, induzindo os participantes a pensarem nisso como uma necessidade. Muita gente falando ainda da Khan Academy como modelo, esta tendencia deixa clara um pouco das ondas que parecem carregar a opinião pública educacional no país.. Muitos expositores trazendo soluçoes para os professores gravarem suas aulas com facilidade, cameras que acompanham o movimento do professor enquanto este atravessa a classe, softwares para edição do conteúdo junto com a gravação,… Achei a abordagem algo superficial, um jargão, uma moda, que carece de maior reflexão. Inverter a sala de aula é coisa possivel de fazer sem termos de jogar todo o trabalho teórico para fora. A riqueza desta discussão me parece ser fazer o professor estar mais disponível em classe, e que ganhos isto pode trazer.

Personalized learning - não participei de nenhum debate sobre este tema, mas ele perpassa todas as discussões em que se apregoa uma sala de aula mais conectada, com mais protagonismo do aluno. Currículos completos disponíveis para alunos e professores, que permitem customização ( ver Ck12.org, por exemplo), investem nesta direção. Não aparece tambem a discussão sobre Home Schooling, tema que embora ingrato ao professor, deve ser objeto de reflexão dentro de um congresso com esta abrangência. Fica mais uma vez a impressao de que o temário é assim meio genérico, focado no professor médio, que busca referências genéricas….Eu realmente saio com a impressão de que nào temos muito a aprender no que tange a didática ou a tecnologia em si. O que se aprende aqui é a eficiência dos recursos, a presença de uma infra-estrutura maravilhosa, e a grandeza de capital humano que este país possue. Articulados de maneira correta, será sempre uma comunidade avançada. 

PBL - project based learning - acho que aqui neste ponto temos um assunto interessante para discutir. parece já um tema consolidado na discussão pedagógica deles, indicando novamente que eles vem buscando esta inovação pedagógica há algum tempo. Parece-me, entretanto, ainda mais uma tendencia do que algo efetivo. Seria preciso romper com os standards deles, que toda hora são citados. Os standards, contudo são estruturantes, definem habilidades e competências e não conteúdos e informação, o que dá mais flexibilidade. Mas senti que o tema é ainda emergente. Muitos expositores produzem conteúdo convencional ( liçoes prontas, atividades,…) e na hora de apresentá-lo dizem que tudo é compatível com o PBL. Me sinto mais a vontade com as propostas do pessoal da universidade de barcelona, que procuram definir uma alfabetização necessária para este século, sem julgar inadequadas as boas práticas expositivas. Ah. neste quesito de aulas expositivas, novamente para termos um sentido de como se apregoam mudanças, elas são chamadas por todos de direct  learning, dando a entender que se buscam formas de indirect learning.

 

Posted via email from Professor Conectado

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