Falando de alfabetização digital, é preciso assumir na escola o compromisso de orientar alunos e famílias sobre as dificuldades, armadilhas e possibilidades positivas do uso intensivo das redes sociais como instrumento de comunicação. Ontem dei aula para os 6os. anos sobre o Facebook. Não sobre o que publicar, mas o como. Como eles entendem o face, quais as ferramentas para tornar nossa comunicação mais eficiente e protegida, o quanto estamos conscientes dos riscos envolvidos. Algumas conclusões: os meninos estão cada vez mais confiantes e arrogantes quanto as suas habilidades. Desconhecem o que está por trás da ferramenta Facebook, Na verdade nem conseguem identificá-la como ferramenta, chama-na de rede social, um lugar para conversar e conhecer pessoas. Aos poucos vamos levando-os a compreender a lógica do negócio facebook e o "contrato" que eles assinam com eles ao criarem seus perfis. Por que tudo vem com padrão aberto a todos ou público? Por que as configuraçãoes de privacidade ficam tão escondidas? 50% deles nunca mexeram nestas configurações, nem sequer as conhecem, o que é crítico. Numa conversa animada pelo uso do Todaysmeet.com nos Ipads, eles iam discutindo as questões levantadas e aproveitando para extrapolar suas conversas nesta sala de bate-papo misturada com twitter que ficou liberada para eles durante a aula. Incrível como eles se expõe, mesmo sabendo que tudo ficará publicado e público. Será preciso preparar-lhes para tal autonomia aos 11,12 anos. Será preciso conversar com seus pais frequentemente para garantir uma orientação uníssona, uma orientação aberta, voltada a autonomia que é conquista não garantia. Achei bárbaro discutir o facebook com alunos tão jovens com liberdade e respeito, sem preconceito, sem terrorismo. Devemos fazer isto sempre.
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