quarta-feira, 21 de março de 2012

Só a prática produz o bom profissional e a mesma prática pode também acomodá-lo...

Fui visitar um colégio hoje, o Santa Maria, que pertence a mesma ordem religiosa do Santa Cruz. Um colégio com um campus extraordinário (quase 200.000 metros quadrados de área), dotado de um paisagismo bárbaro, com o mesmo número de alunos do Santa e que tem um projeto pedagógico e uma história singular e distinta. Embora fundados no mesmo período ( inicio dos anos 50), são conduzidos por caminhos diferentes. Isto não importa muito. Aprendi que a saude de ma escola esta muito abaixo de sua estrutura, renome, proposta pedagogica formal. Fui recebido por dois profissionais que fazem parte de uma pequena equipe que coordena a parte pedagógica da tecnologia. Fiquei encantado com a maturidade das propostas que ali encontrei, numa infra-estrutura bastante modesta ( quando se compara com os grandes e mais conhecidos colégios aqui da zona central e oeste da cidade, por exemplo). Indicando que plantou-se uma mentalidade saudavel para a condução dos projetos com tecnologia, se migrou das aulas de informática para projetos com o professor preservando a formação em tecnologia ( há um programa nivelados no 5o. Ano, por exemplo, em que todos os professores tem de garantir habilidades no uso dos principais aplicativos de mercado),, se manteve a contemporaneidade das propostas de uso de tecnologia aplicada mesmo que as aulas sejam ministradas pelos professores de classe ( professores usam logo, scratch, softwares de edicao, ...), se buscou oferecer aos alunos uma variedade de programas extra-curriculares que garantam as demais competências impossíveis de caberem na grade, enfim, um equilíbrio louvável para colegas pouco conhecidos, longe das discussões, prosperando ali devagar, quietos, trabalhando. Pensei logo em quanto se acomoda um bom e velho profissional nesta área sentado numa mesma posição dentro de um colégio por mais de quatro, cinco anos. Tudo vai acomodando-se de modo a parecer estavel e satisfatório e quanto se perde da inovação necessária a movimentar o tecido, a cultura da escola. Quanto se acredita menos na possibilidade de mover-se obstáculos e quanto se luta menos na direcaovde remove-Laos efetivamente. Vi ali um profissional novo, que assumiu recentemente a coordenação, pleno de energia, jovem e empreendedor, ocupando os espaços vazios. Vi também um fenômeno que não sai das universidades, se aprende no calor da pratica, no chão de classe, na lida com professores, lindos, computadores, problemas, erros, bugs, instabilidade, desconforto, ... Precisamos nos reciclar sempre e precisamos que algum nos cutuque constantemente, seja de fora, ou de dentro, para que nos reengenheiremo-nos e voltemos a irradiar idéias, inovação.

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2 comentários:

Muriel Rubens disse...

Moisés, muito obrigado pelos comentários quanto ao nosso trabalho no Santa Maria. Espero que em breve possamos também conhecer mais de perto os excelentes projetos desenvolvidos por aí.
Abraço,

Muriel Rubens
Colégio Santa Maria

Joyce Willis disse...

Moisés, agradeço a visita ao Santa Maria e os elogios, claro! A parceria trará inovações e enriquecimento profissional a todos .

Abraços,

Joyce Willis
Colégio Santa Maria