Numa conversa com a coordenação pedagógica do fundamental 2, aqui no colégio, coordenação esta que costura as relações do centro de tecnologias com o curso, apareceu um fato interessante. Uma das coordenadoras volta dos EUA recentemente e observa dentro de uma escola privada americana, preocupações com o currículo de tecnologoa que nos fazem pensar na nossa abordagem. Lá, por exemplo, alunos das 1as. séries são treinados a digitar sem olhar para o teclado, numa tecnica que coloca um papelão sobreo teclado e mantem-nos digitando durante as atividades regulares nesta postura, de tecaldo velado. As professoras garantem que eles se divertem muito desafiando-se e ao longo de 2 anos ganham uma proficência ideal para as necessidades futuras destas novas gerações. O curriculo americano é focado em proficiência e há inúmeros bons exemplos de como eles executam isto ( buscam, por exemplo, fazer com que um aluno saiba reconhecer, pela tarefa a executar, o aplicativo mais adequado, coisa que nós não conseguimos construir muito bem nos nossos alunos). Refletimos então sobre o porque não fazemos assim aqui no colégio. Não posso falar pelos demais colégios brasileiros mas acredito que o que se passa aqui se repete muito. Embora conscientes deste currículo oculto de tecnologias, disciplina sem auals, optamos por um trabalho que coloca a tecnologia a serviço dos conteúdos clássicos, numa abordagem mais autoral do uso da tecnologia e procuramos sempre garantir o mínimo de proficiência do aluno na utlização da ferramenta escolhida para aquela atividade. Por exemplo, quando se utiliza power point, procuramos fazê-los pensar no valor daquela ferramenta, como instrumento de comunicação com a platéia e não como organizador simples das ideias do apresentador. Mas não conseguimos sistematizar este aprendizado, não aparece nos programas do curso fundamental 2, por exemplo, não está explícito. Reconheço, porem, que nossos alunos utilizam uma variedade tão ampla de recursos e eles estão tão naturalmente integrados ao trabalho das diferentes disciplinas que há muito ganho. Será que produzimos, deste jeito tropical, cidadãos e profissionais mais criativos e versáteis? Acho que precisamos combinar um pouco desta obsessão norte-americana pela proficiência, sem o exagero coreano de técnica acima do conteúdo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário