Fiquei tentando pensar em outras profissões que sofram da mesma angústia. A angústia de não conseguir exito ao executar alguma ação de suporte ao cliente. Talvez um médico seja o que sofre mais. ele monta uma equipe multidisciplinar, recorre aos mais modernos equipamentos, utiliza toda sua astúcia mas, por vezes, não consegue salvar seu paciente. Não deve haver angústia maior para um ser humano. Um piloto de avião deve sofrer bastante também. Tem a responsabilidade exclusiva pela saúde e objetivos imediatos de seus passageiros e depende igualmente como nós de uma máquina. Guardadas as proporções, um coordenador de tecnologias dentro de um colégio vive angústias semelhantes. Ontem um professor de portugues no ensino médio propunha uma estudo sobre um texto de José de Alencar onde seu objetivo era que os alunos fizessem anotações sobre o texto, um conto já em domínio público, esgotado na sua melhor edição, onde fazia todo sentido não imprimirmos as 13 folhas para os 200 alunos e utilizassemos o texto na versão digital. tentamos um reader para tablets para realizar a tarefa nos Ipads e Androids que temos . Não encontramos um reader que permitisse fazer o mesmo ( editar notas e compartilhá-las) nos 2 ambientes. Outra questão que surgiu: 42 alunos navegando no wi-fi da sala foi demais para nosso sistema. E assim, de problema em problema, fomos consumindo tempo de aula até voltarmos para o velho laboratório e retomarmos a atividade no Word, o clássico editor de texto. Difícil explicar o sentimento que me invade, a frustração de ver um professor perder a confiança no uso efetivo da tecnologia para no caso ganhar, ganhar mesmo em eficiência ( o aluno insere o comentário atrelado a palavra ou ao ponto do texto exato, escreve mais, organiza-se melhor e recupera seu trabalho de forma mais eficazdo que se rabiscasse a apostila com garranchos ...). Mas pelo menos para nós, o paciente continua vivo ( embora as vezes agonize).
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