Mais uma reflexão sobre o papel do profissional de tecnologias, em qualquer ambiente corporativo. Alguem me disse um dia destes que o trabalho mais ingrato que ele fazia nesta função era o atendimento ao usuário, ah, esse ingrato usuário. Leigo e ingrato. É preciso de fato uma atitude muito especial para compreender a aflição do usuário diante da incógnita verdade de uma tecnologia não confortável ou intuitiva. É preciso muita generosidade, para satisfazer-se com a satisfação alheia. Habilidade que não é genérica, não atinge qualquer profissional, e tampouco é treinável, é inata.... Sola de sapato tambem é equipamento central na vida de um bom gestor de usuários, pois é preciso onde o artista está, sempre, todo dia, pois é ali que nascem e muitas vezes morrem os problemas. Morrem por que uma vez não atendido este usuário volta para seu plano B ou para sua zona de conforto anterior e torna-se custo novamente trazê-lo para seu estágio recem-atingido. Na verdade o conceito de zona de conforto talvez seja efetivamente o grande conceito no atendimento, pois para que uma tecnologia seja incorporada ela tem de estar muito próxima desta zona, onde o usuário utiliza quase acidentalmente um recurso, ele funciona, volta a funcionar na próxima situação, e então passa a fazer parte do planejamento daquela ação cotidiana, agora revestida desta nova estratégia. Parece teoria, mas é resultado de longa prática de atenção e uma atitude de infindável paciência e interesse no bem-estar do outro....
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