Ontem sentamos 2 coordenadores para avaliar as possibilidades do software, na autoria de livros digitais. A propaganda indica que agora qualquer um pode publicar seu próprio e-book e de fato, o software é simples, fácil de operar e o processo, como sempre, construído pela Apple, transforma a publicação no Itunes e na Apple Store numa ação tão simples como salvar um arquivo na nuvem. Até aí, muito bem! O que buscamos fazer, para compreender melhor o software, foi pegar uma apostila de história, produzida por uma professora do colégio e convidá-la para co-reeditá-lo conosco. Algumas conclusões: a. na produção de um produto digital, entram em cena detalhes técnicos que no papel ficam subdimensionados, como a edição de imagens, pro exemplo. A definição de tela de um Ipad, por exemplo, permite tal qualidade que as imagens capturadas te de ser editadas, redimensionadas, revistas por completo. Assim tambem o material em áudio e vídeo. Não da´para ser amador nisto, será preciso trazer um profissional e especialmente, ter-se bastante tempo para este processo. b. Publicar-se conteúdo para tablet requer reeditoração completa do material. Não dá para copiar o texto e reinseri-lo, algo até simples, pois ao acessar o material no tablete, percebe-se imediatamente a quantidade de lacunas e espaço perdido, a necessidade de um olhar mais estético sobre o texto publicado,... c. Será preciso longos exercícios de utilização da ferramenta autoral, exercícios livres o suficiente para que novos arranjos de comunicação e didática sejam percebidos e para que se domine a técnica. d. na adaptação de um material papel para o digital, sente-se rapidamente a prolixidade do texto feito para impressão diante das possibilidades que a autoria digital permite. Um vídeo, quando bem colocado, insinua-se muito mais do que longos parágrafos e não adianta simplesmente inserir o vídeo no local adequado , dentro do con-texto, vira um excesso de informação, será preciso repensar. O processo de transformação de um material concebido para impressão em papel num produto digital requer uma completa reengenharia nos processos autorais e de produção. é preciso voltar ao nível inicial, quando a autora sentou-se para produzir a apostila, buscando os objetivos de fundo. De posse destes, e conhecedor das possibilidades permitidas tecnicamente é que se reconcebe-se o material. Resumindo, não parece coisa para amadores. Como todo o respeito, professores, não se excitem tanto assim, pois o processo demanda tempo e especialmente cuidados técnicos de toda uma equipe, envolvendo ilustrador, conteudista, diagramador, editor de imagem e vídeo,.... A não ser que queiramos publicar materiais rudimentares ou inserir mais do mesmo ( que é o que as editoras estão fazendo nos livros didáticos nestes primeiros ensaios para tablets – enriquecimento naquilo que já é prolixo e foi concebido para o formato papel não funciona).
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