Recebi hoje uma colega que trabalha numa empresa canadense que desenvolve AVAs (ambientes virtuais de aprendizagem), conhecidos pelos que falam ingles por LMS. Quando ela discorre sobre as virtudes de seu produto, ela fala da individualização da aprendizagem, das perspectivas que o aluno tem de receber um atendimento coerente com suas dificuldades ou possibilidades. Utilizamos, aqui no colégio o Moodle como AVA e desde 2006 buscamos construir uma comunicação de 2 vias entre professor e aluno, que permitam novas mediações no conhecimento curricular. Quando analisamos a fundo o que de fato conseguimos avançar nesta individualização, vemos que o resultado ainda é incipiente. Clayton Christensen e sua inovação por ruptura acredita que o grande potencial das tecnologias aplicadas ao ensino está na perspectiva de aproximar possibilidades docentes de necessidades discentes. Ela, minha amiga, então nos apresenta um outro produto, um e-portfolio, uma perspectiva de que o aluno mantenha um portfolio de seus projetos e trabalhos ao longo de todo o ciclo escolar, compartilhe com quem desejar e exporte isto para sua vida universitária,... Outra ideia antiga defendida por uma de nossas colaboradoras desde tempos atrás. Por que não conseguimos concretizar nenhum destes sonhos? Acomodação? Limites na ação do professor enquanto profissional do ensino? Outras necessidades mais básicas a serem atendidas primeiro? Minha amiga diz que há um ponto ideal onde uma tecnologia se torna fácil de usar, simples e torna-se indispensável. Talvez um pouco de tudo ao mesmo tempo. Uma empresa que tende a acostumar-se somente com o que sabe fazer bem, um profissional que é subcontratado, um currículo com objetivos tão específicos que não tem muito a ganhar com certas inovações e com certeza alguma dificuldade ainda na lida do professor com estas tecnologias. Difícil, mas nunca acreditei que seria fácil.
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