sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Será que a Apple muda mesmo o mercado educacional com seu lançamento de ontem?

Transcrevo abaixo a matéria do Valor de hoje sobre o aguardado lançamento ontem da Apple em New York. Vamos refletir um pouco sobre isto enquanto educamos.

Apple anuncia serviço de livro didático digital

19 January 2012

Valor Econômico

A Apple lançou hoje, em Nova York, um serviço de livro didático digital, realizando um interesse antigo de seu fundador — Steve Jobs, que faleceu em outubro de 2011 — de usar a tecnologia para transformar a educação. Segundo informou a companhia, 1,5 milhão de iPads já são usados nos Estados Unidos para fins educacionais.

Durante o evento foram lançados uma nova versão do aplicativo iBooks 2 para iPad e um programa que permite a criação de livros didáticos, incluindo vídeos e outros elementos interativos.

O aplicativo de leitura já está no ar nos EUA, com livros digitais das editoras McGraw-Hill, Pearson PLC e Houghton Mifflin Harcourt, vendidos a até US$ 14,99.

O lançamento do serviço na área de educação já era esperado. As ações da Apple estavam cotadas a US$ 429,22 às 18h03 (horário de Brasília) na bolsa de Nasdaq, em alta de 0,03%.

Segundo informou a agência AP, há dúvidas sobre a capacidade que uma companhia como a Apple teria de provocar mudanças no sistema de educação americano. Atualmente, os livros impressos são adquiridos pelas escolas e não pelos estudantes. As obras são reutilizadas durante alguns anos, o que não é possível ser feito com as versões eletrônicas. E a adoção de novos livros depende de aprovação pelos governos dos estados.

As editoras de livros têm desenvolvido versões digitais das obras impressas mas, até agora, não foram lançados equipamentos capazes de convencer os leitores de que a experiência digital era mais prazerosa que a leitura em papel.

Os computadores são caros e leitores como o Kindle, da Amazon, possuem telas pequenas e em preto e branco. O iPad e outros tablets, por sua vez, custam pelo menos US$ 499 — um preço que pais não estão tão dispostos a gastar com cada filho para estimular a leitura.

Segundo a consultoria Forrester Research, os livros digitais representavam em 2010 apenas 2,8% do mercado de livros didáticos nos Estados Unidos.

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