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terça-feira, 25 de outubro de 2011
Steve Jobs- um pouco depois...
Achei melhor esperar um pouco a poeira baixar e falar um pouco da herança deste mito. Incrível como esquecemos rápido de tudo. Parece que tudo vira poeira muito rapidamente. Se há alguma coisa relevante na trajetória deste inventor é a fixação dele na estética humana. Descubro que ele, fracassando na faculdade, interessa-se por um curso extra-curricular de caligrafia. 1970. Aprende a beleza das fontes serifadas, as filigranas do nanquim e dos diferentes tipos de grafite. Encanta-se pela impressão caprichada dos temas no papel bem trabalhado. Ao mesmo tempo convive naquele viveiro de inventores que hoje chamamos de Vale do Silício e acompanha os primeiros passos da computação pessoal pela HP, Xerox,.... Quando imaginou seu primeiro computador já pensou num gabinete diferente, colorido, numa logomarca atraente, instigante. Sempre buscando compreender a experiência humana diante daquela máquina e surpreendendo pela intuitividade de suas invenções. Resistiu a todas as tentativas de uma indústria voraz que procurou sempre minar sua criatividade. Nestes dias de tablets, percebemos que o IPAD provocou reações mais impactantes nos professores que pouco ou nenhum contato tinham com informática. Perceberam, em 10 minutos, que não eram tão "incapazes" assim para usar uma máquina, porque compreenderam o que deveria ser feito instantaneamente. Este é o legado de Jobs. De resto um executivo mimado, excêntrico e egoísta. Quem construiu a Apple foram centenas de gênios acolhidos lá ao longo destes longos anos.
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