sexta-feira, 11 de maio de 2012

a educação inspirando o capital, o capital buscando performance. é preciso cuidado, muito cuidado!

Esta semana recebi aqui no colégio 2 ex-alunos que trabalham em distintas empresas de consultoria, que vierem entrevistar-me a procura de conhecimento sobre demandas de tecnologia num colégio particular paulistano, brasileiro,....Ambos agiam sob encomenda de um capital, incógnito para mim, que quer se estabelecer e buscar retorno oferecendo uma solução completa de tecnologia, tanto para infra-estrutura, software de base, conteúdo, capacitação, inovação, atendimento ao usuário,... enfim, assumir toda TI da escola. Algo assim como o Grupo Positivo oferece. Varias curiosidades: ambos os consultores apelam para a dificuldade do gestor de TI num colégio estar apto a atender toda a inovação e gestão necessária a adaptar-se constantemente a inovação, preso as tarefas de suporte ao usuário e manutenção, que normalmente ocupam grande parte de seu tempo e de sua equipe. É fato que dependendo da estrutura e do tamanjo da equipe, não se consegue tirar a cabeça do suporte, para alçar vôo, planejar, viajar, comunicar-se,... A maioria das escolas tem gargalos enormes nestas equipes. Curioso quanto alguem procura aplicar conceitos de gestão corporativa no ambiente escolar. CRM, ERP, e-learning, são palavras distantes, esquisitas. Olha o que ouvi sobre CRM ( Customer Relationship Management). Seria algo como procurar diagnosticar a necessidade de calda cliente ( aluno) e oferecer-lhe serviço a altura de sua demanda - um ensino assim individualizado. Acho importante pensarmos, de dentro das escolas, nestes conceitos que permitem-nos pensar na eficiência. TI nas empresas é sinomino de performance. Performance na escola é o que? Me remete ao conceito de disruption, do Christensen e sua tese de que a tecnologia de EAD vai revolucionar pois vai atender ao indivíduo conforme sua necessidade e que isto vai produzir uma nova série de negócios. Dentro ou fora da escola? Home- schooling? Há tanto para se produzir junto num colégio. Imagine-se deixar escravizar-se pela sedução de um capital que traz tudo pronto, programado, enquadrado, ... Uma linha de montagem, que me remete a outra reflexão que fizemos ontem numa outra entrevista com uma empresa de software para a área bancária que veio demonstrar um aplicativo para gerenciamento de documentos digitais, com total controle sobre as permissões que cada usuário tem para editar, imprimir, comnpartilhar livros, apostilas, ... digitais. O fim das bibliotecas, um ritmo frenético. E encontro paz, quando vejo as pequenas mudanças que uma escola consegue absorver, pela enorme resistência que ela faz a inovação, independente de sua natureza. Talvez isto seja uam vantagem hoje em dia. Temoo pelo sistema de educação pública ,que será alvo deste capital errante, ávido por taxas de retorno mais razoáveis e encontra terreno ainda árido para impor esta padronização pela performance. 

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