segunda-feira, 25 de abril de 2011

A academia formatando o mercado de livros digitais


Na América do Norte a facilidade de aquisição dos tablets e e-readers e movimentos comerciais como os da Amazon, na digitalização de toda publicação literária, produzem como resultado o fato de que, pela primeira vez na história editorial, as vendas de e-books superem as vendas de livros impressos. O mercado brasileiro opera numa outra frequência. Tablets e e-readers não são tão acessíveis. Nosso consumo literário é significativamente baixo. Somos tambem o país com menor porcentagem de estudantes cursando ensino superior. Nosso mercado editorial é concentrado e depende, em larga escala de iniciativas públicas para obter tiragens diferenciadas, especialmente na área didática. Um fenomeno diferente promete formatar o caminho para o livro digital. Os livros academicos. Desde 2007, a Pearson administra um portal chamado Aula Aberta, onde cerca de 70 universidades brasileiras assinam para municiar cerca de 1 milhão de seus alunos de material de leitura academica. 8 importantes editoras licenciam seus títulos no portal, quase ntegralmente publicados em formato .pdf. Gradualmente, o serviço caminha para o fatiamento do livro, permitindo que o aluno possa apropriar-se dos capitulos que necessita, compondo seu próprio livro didático ( num processo identico ao que os norte-americanos desenvolvem nos seus projetos de open-source). O grupo Estácio, que administra uma carteira de 210.000 estudantes, aposta nos tablets. Coloca agora em julho 5.500 nas mãos de seus alunos e pretende chegar a todos os alunos até o ano que vem. Entendem seus dirigentes que alem da inclusão digital que propiciarão a seus alunos, custos significativos serão cortados, economia enorme de papel utilizado, e a praticidade de usar-se somente o necessário. R$ 40 milhões de direitos autorais pagos em 2010, indicam que pode ser um caminho legal e importante na discussão do novo direito autoral. A ver...

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