Fui a um congresso na semana passada na GV chamado: Educação Aberta, Recursos educacionais abertos: desafios e perspectivas
Temática curiosa, decerto. Educação aberta? Será uma plataforma on-line para todos? Recursos educacionais abertos parece mais simples de compreender. O que significa?
Enfim, a Direito GV sediou um evento na semana passada que trouxe 15 palestrantes de diferentes origens para discutir o surgimento e o desenvolvimento da produção de material didático aberto, num sentido mais amplo do que simplesmente gratuito. Material didático no formato digital, que possa ser traduzido, reelaborado, re-utilizado nas mais diversas perspectivas.
Uma brasileira, que trabalha em Harvard, politiza o movimento produzindo um excelente paper resumindo as perspectivas do movimento. Foram convidados para este seminário 2 deputados federais, participantes da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. O governo atestou ali não estar discutindo este assunto de forma direta, na preparação do Conferencia Nacional de Educação – CONAE -2010.
O primeiro palestrante foi um professor da Rice University, fundador da Connexions, editora virtual que há 10 anos estimula a produção autoral livre e permite que alunos universitários montem seus livros didáticos de física ou cálculo a partir do seu site, imprimam e paguem cerca de 15% do preço de capa deste livro em uma editora original. Tudo permitido pelos autores que autorizam esta produção. A discussão então é pelos cenários de produção de conteúdo para as gerações futuras.
Estavam lá também o pessoal da Creative Commons, um selo de autoridade digital que quando carregado no texto, software, apresentação,.... garante que o autor tenha liberado este material para diversos usos. Experiências na África, na Holanda. Experiências brasileiras como o Scielo Books, o Portal do Professor (MEC), o Projeto Folhas do Paraná permitem diversas leituras para esta perspectiva de futuro. Interessante também a apresentação de um grupo da USP-leste, chamado GPOPAI, que mensura as mazelas do plano nacional do livro didático e as vantagens de um sistema autoral mais flexível, lamentando a dificuldade de romper o poderoso lobby das 15 editoras que monopolizam o mercado do livro didático brasileiro. A conferir!
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