sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Os fins valorizam os meios!


Luis Aquino, nosso professor de produção textual no 2o. ano do médio contou-me sobre um de seus projetos, chamado Carta ao Leitor, onde a perspectiva de que os alunos, buscando apropriar-se do genero de carta argumentativa ( ver texto abaixo, retirado da área do Luis no portal do professor ), tivessem de enviar suas cartas aos veículos de comunicação, concretizando suas produções. Várias delas foram efetivamente publicadas. Reflito aqui sobre a capacidade que temos de gerar projetos que efetivamente atinjam finalidades reais, intervenham na realidade da nossa comunidade direta ou da comunidade maior. Nos projetos mediados por tecnologia, ainda temos poucos que sejam aplicados. Alguns exemplos - Inclusão digital, onde nossos alunos educam digitalmente funcionários do colégio e alunos do supletivo; Correspondance - alunos da 7a. serie com alunos de mesma idade da Itália, Rússia e Romenia trocam informações sobre suas vidas, cidades e hábitos. Deveríamos refletir mais sobre esta perspectiva.

“As cartas dos leitores apresentam algumas características que devem ser observadas. A primeira delas é que não costumam se dirigir a um interlocutor específico, mas sim ao órgão da imprensa no qual serão publicadas. A segunda diferença é que, na maior parte das vezes, o objetivo das cartas de leitor é explicitar a opinião de seus autores em relação a algum artigo ou reportagem (até mesmo outra carta) anteriormente publicado. Quando o leitor discorda frontalmente da opinião de um articulista ou do modo como os fatos foram apresentados em uma matéria jornalística, a carta torna-se mais argumentativa, porque ela precisa convencer os demais leitores da mesma publicação de que a posição defendida por um dado articulista pode ser inadequada.” (Texto adaptado)

(ABAURRE, Maria Luiza e ABAURRE, Maria Bernadete M. Produção de texto: interlocução e gêneros. São Paulo: Moderna, 2007.)

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